sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Embrapa Café lança publicação sobre manejo integrado de pragas e doenças dos cafés conilon e robusta

 


Circular Técnica destaca as principais pragas e doenças que afetam o Coffee canephora no Brasil e apresenta as respectivas diretrizes de monitoramento e manejo

Nova publicação da série Embrapa, Circular Técnica nº9 – “Manejo integrado de pragas e doenças dos café conilon e robusta”, lançada pela Embrapa Café, coordenadora do Consórcio Pesquisa Café, tem como objetivo apresentar de forma detalhada as principais pragas e doenças que afetam a produção de Coffee canephora no território nacional, e ainda trazer informações sobre a biologia e as recomendações necessárias para a adoção do manejo integrado dos problemas fitossanitários que afetam a cultura desse tipo de café.

Em geral, as pragas e as doenças do cafeeiro representam fatores limitantes para a produção e a produtividade da cultura, tanto para os pequenos agricultores de base familiar, como para os grandes produtores em escala empresarial, e, assim, podem causar grandes perdas aos produtores quando não manejadas com base nas recomendações técnicas. Com esse propósito, esta Circular apresenta as principais diretrizes de monitoramento e de manejo que visam mitigar e minimizar os efeitos deletérios de tais problemas em relação à espécie de C. canephora.

O Brasil é também historicamente um grande produtor e exportador da espécie de C. canephora, sendo os estados do Espírito Santo e de Rondônia que lideram a produção dessa espécie. Em geral, dependendo das peculiaridades específicas de cada safra brasileira, a cada ano, a espécie de Coffea arabica representa em torno de 70% da produção total e a da espécie de C. canephora 30%. Diante de tais performances, constata-se que a produção dos cafés robusta e conilon historicamente possui grande importância econômica e social para o nosso país.

Contudo, as pragas e doenças do cafeeiro de C. canefora, que são objeto desta Circular Técnica, conforme já foi mencionado, representam fatores limitantes para a produção e produtividade da cultura. Assim, para assegurar a sustentabilidade dos sistemas produtivos, as estratégias de manejo e controle de pragas e doenças devem ser priorizadas e aplicadas em escala temporal e espacial. Essa estratégia se baseia em um conjunto de ações que promovem menos impacto ao meio ambiente e à saúde do trabalhador. Para tanto, conforme as recomendações técnicas da Circular, exige o envolvimento multidisciplinar de diferentes áreas do conhecimento em toda a cadeia produtiva, para que haja garantia da produtividade, qualidade, lucratividade e desenvolvimento rural.

A publicação Circular Técnica nº9 – “Manejo integrado de pragas e doenças dos café conilon e robusta”, lançada pela Embrapa Café, visa disponibilizar informações atualizadas das principais pragas e doenças e de medidas para a adoção do manejo integrado na cultura dos cafés conilon e robusta. Para o controle químico, foi consultado o Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários (Agrofit), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o qual reúne informações de defensivos agrícolas registrados para as culturas.

Ao final da publicação foi incluída uma síntese de diretrizes de monitoramento e manejo para o controle das pragas e doenças dos cafés conilon e robusta, a fim de facilitar o acesso à informação no campo. Espera-se que o conjunto de informações apresentadas agregue conhecimentos e facilite a tomada de decisão dos produtores. 

Leia esta ANÁLISE/DIVULGAÇÃO na íntegra na página da EMBRAPA CAFÉ e do Observatório do Café e do Consórcio Pesquisa Café

Conheça o acervo de publicações da Embrapa Café e baixe os arquivos pelo link https://www.embrapa.br/cafe/publicacoes. Acesse também todas ANÁLISES e notícias da cafeicultura no Observatório do Café.

Jovens do agronegócio do Rio Grande do Sul se preparam rumo ao Canadá

 Através do programa Young Farmers, 18 jovens brasileiros vivenciarão experiencia no agronegócio graças a uma parceria entre Paulo Herrmann e EMATER RS

 

São Paulo, 9 de janeiro de 2025 – Os desafios já começaram para um grupo de jovens ligados ao agronegócio no Rio Grande do Sul. Dezoito alunos embarcarão para Vancouver, em março, para vivenciar experiencias inéditas no agronegócio canadense.  Tudo começou com um sonho de um filho de agricultores de uma pequena cidade do Rio Grande do Sul chamado Paulo Herrmann. Seu objetivo é transformar o futuro de jovens agricultores e pequenas comunidades no estado. Em uma iniciativa inédita, Herrmann, em parceria com a EMATER RS, lançou o programa Young Farmers, um projeto que abre portas para jovens com perfil de liderança e espírito empreendedor, proporcionando uma experiência internacional transformadora no Canadá. Com o apoio essencial da EMATER RS e de patrocinadores, além do suporte do Consulado Canadense, através do Trade Commissione, Paulo Orlandi, o programa foi viabilizado pela Canada Intercambio, uma empresa canadense que reuniu todas as partes essenciais e coordenou a logística para tornar a iniciativa uma realidade.


Cronograma do programa:  No dia 9 de dezembro de 2024, os alunos iniciaram um curso de inglês online ministrado pela SELC Languages School, de Vancouver. Essa etapa será concluída no dia 18 de janeiro de 2025.

A partir de 27 de janeiro, os participantes continuarão os estudos no Brasil, dedicando-se, durante oito semanas, a temas essenciais como comunicação nos negócios internacionais, sustentabilidade, inovação tecnológica e os desafios do setor agrícola. Essa etapa será conduzida pela SELC College.

No dia 29 de março, o grupo embarcará para Vancouver, no Canadá. Durante cinco semanas no país, os alunos se aprofundarão em tópicos avançados relacionados à agricultura familiar canadense e a técnicas sustentáveis.

Entre os dias 1º e 5 de maio, os participantes serão alocados em propriedades rurais na província de British Columbia. Lá, terão a oportunidade de vivenciar na prática temas como agropecuária, plantações sustentáveis, criação de animais, entre outros. O objetivo é que as experiências adquiridas no Canadá sejam adaptadas e aplicadas no contexto brasileiro.

O programa contará com alunos de diversas cidades do Rio Grande do Sul, incluindo São Francisco de Paula, Caseiros, Barão, Pelotas, Rio Grande, Ibirubá, Novo Machado, Santo Augusto, Cacique Doble, Saldanha Marinho, Carazinho, Cruz Alta, Cândido Godói, São Paulo das Missões, Sede Nova, Cuiabá e Estrada Velha.

Organização do programa - A criação do projeto demandou meses de planejamento e organização. “A EMATER RS foi fundamental para a concretização deste projeto, assim como nossos patrocinadores, que acreditaram em nossa proposta”, comenta Herrmann. O principal objetivo do programa Young Farmers é conectar os jovens ao cenário global, apresentando novas tecnologias, práticas sustentáveis e métodos avançados de agricultura. “Não é apenas sobre aprender algo novo, mas sobre abrir a mente para uma visão global. Precisamos de líderes que falem inglês, que estejam conectados com o mundo e que enxerguem oportunidades”, ressalta o executivo.


Cada jovem selecionado para o Young Farmers recebeu investimento de R$ 80 mil, cobrindo despesas de viagem, hospedagem, alimentação, capacitação e todas as atividades no Canadá. Até o momento, 20 jovens foram inscritos. Herrmann, até então, ao lado da presidente da EMATER RS, Mara Saalfeld, acompanhou de perto cada etapa do projeto, desde a concepção, incluindo uma visita ao Canadá para conhecer a instituição acadêmica parceira e diversas propriedades agrícolas na província de British Columbia, onde os estudantes terão imersão prática.


Durante sua visita, Herrmann fez uma apresentação com dados para uma audiência estratégica, incluindo CEOs das Vancouver e Surrey Board of Trade, o BC Council for International Education, representantes do Farmers of BC Community, Departamento de Comércio Exterior, Consulado-Geral do Brasil, além do Ministério do Trabalho e do Ministro da Educação da Colúmbia Britânica.


 

 

Estrutura do Programa e Transformação de Vidas - Young Farmers oferece uma formação sólida de oito meses, que combina aprendizado no Brasil e no Canadá, com o objetivo de capacitar jovens agricultores para aplicar práticas inovadoras em suas comunidades de origem. Inicialmente, no Brasil, os participantes passam por quatro semanas de inglês especializado no agronegócio, seguidas por oito semanas de formação acadêmica, abordando temas essenciais como comunicação nos negócios internacionais, sustentabilidade, inovação tecnológica e os desafios econômicos do setor agrícola. Em seguida, embarcam para o Canadá, onde continuarão com a formação acadêmica por cinco semanas, aprofundando-se em tópicos avançados sobre agricultura familiar canadense e técnicas sustentáveis.


Posteriormente, os estudantes participam de uma imersão prática de quatro meses, acolhidos por agricultores locais, engajados no projeto, onde poderão aplicar o conhecimento em operações reais e trocar experiências. Esses jovens brasileiros, que já possuem experiência no setor agro, contribuem com suas perspectivas enquanto aprendem sobre as melhores práticas canadenses. O objetivo é fomentar uma colaboração bilateral, criando laços de confiança e interesses compartilhados, fortalecendo as propriedades agrícolas tanto no Brasil quanto no Canadá, em uma parceria que valoriza o crescimento mútuo e o compartilhamento de conhecimentos.


O programa foi criado a partir de uma aspiração pessoal de Herrmann, que o acompanha de perto do início ao fim, sem nenhum interesse financeiro. “É importante ser altruísta e deixar um legado. Tive uma carreira executiva bem-sucedida e agora quero retribuir, investindo nos jovens. Estou convencido de que este programa será transformador e, no futuro, quero levar mais jovens para viver essa experiência”, diz Herrmann, ressaltando que o propósito é incentivar os jovens a encontrarem um propósito genuíno em suas vidas.

Ao final do programa, cada estudante recebe um certificado emitido pelo Ministério da Educação do Canadá, validando sua formação internacional e abrindo novas perspectivas para a aplicação de suas habilidades no Brasil.

 

 


Por que o Canadá? O Canadá foi escolhido por sua abertura a novas culturas e por compartilhar com o Brasil características como vasta extensão territorial e diversidade cultural. Segundo dados recentes da Statistics Canada, o país ultrapassou a marca de 40 milhões de habitantes em 2023. “O Canadá oferece um ambiente favorável para quem busca expandir horizontes e adquirir novos conhecimentos”, comenta Herrmann. Além disso, o agronegócio canadense é um setor robusto, empregando 2,3 milhões de pessoas e gerando 143,8 bilhões de dólares canadenses, representando cerca de 7% do PIB nacional. “Esse setor essencial para a economia canadense busca continuamente trocar experiências e inovações com outros países, e o Young Farmers promove exatamente esse tipo de colaboração e desenvolvimento mútuo”, complementa Rosa Maria Troes, CEO da Canada Intercambio.



Impacto para Empresas e Desenvolvimento do Setor - O programa conta com apoio de empresas e cooperativas de diferentes áreas – incluindo tecnologia agrícola, irrigação e o setor financeiro – todas comprometidas com o desenvolvimento de uma nova geração de líderes para o agronegócio brasileiro. Além do apoio financeiro, alguns dos patrocinadores esperam que esses jovens, ao retornarem, realizem estágios em suas empresas e, eventualmente, ocupem posições estratégicas, trazendo a visão global e o conhecimento prático adquiridos no exterior.

“Neste programa, tivemos duas abordagens: a maioria dos estudantes foi selecionada pela EMATER, enquanto alguns patrocinadores indicaram candidatos específicos, todos passando pelo mesmo critério rigoroso de avaliação”, explica Herrmann. Ele cita exemplos como o de uma cooperativa que indicou jovens para desenvolver o cooperativismo e uma empresa de biodiesel de Passo Fundo que aposta nesses futuros líderes para sua continuidade.

 

Retorno ao Brasil e Projetos de Implementação - Após 4,5 meses de experiência prática em propriedades no Canadá, os jovens serão recebidos pela EMATER e pelos patrocinadores no Brasil, que acompanharão a implementação dos projetos desenvolvidos durante o intercâmbio. “Queremos que os participantes apliquem os conhecimentos adquiridos, seja em suas propriedades familiares ou nas empresas patrocinadoras, promovendo um impacto direto em suas comunidades”, ressalta Rosa Maria. Dessa forma, o Young Farmers visa não apenas capacitar esses jovens, mas também fortalecer o futuro do agronegócio brasileiro, com uma geração preparada para enfrentar os desafios globais da produção de alimentos.

 

Inscrições Abertas e Expansão do Projeto - Estão abertas as inscrições para a segunda edição do programa Young Farmers! Jovens de 19 a 26 anos interessados em participar, assim como empresas que desejam patrocinar essa iniciativa, podem garantir sua vaga.

https://www.canadaintercambio.com/idiomas-e-carreira/carreira-e-negocios/programa-young-farmers-jovens-no-agronegocio/


Recordes históricos de exportações acendem sinal de alerta para fiscalização agropecuária

 


Anffa Sindical aponta que demanda crescente por produção brasileira reforça necessidade de recomposição da carreira

 

O Brasil fechou 2024 com recordes históricos em exportações, reafirmando a relevância do país como um dos principais fornecedores globais de alimentos. Produtos como açúcar, café, algodão, carnes, celulose e suco de laranja impulsionaram a balança comercial, enquanto itens como limões, chocolate e gengibre, ampliaram a diversificação da pauta exportadora. Apesar do otimismo para 2025, com a projeção de uma safra promissora e a abertura de novos mercados, um grave entrave ameaça o crescimento sustentável do setor: a falta de investimentos na carreira de auditores fiscais federais agropecuários.

 

De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o agronegócio correspondeu a 49% das exportações totais do país. Apenas com relação à carne bovina, que é inspecionada pelos auditores fiscais federais agropecuários durante toda a cadeia produtiva, antes mesmo do abate até os embarques nos navios, foram quase 2,8 milhões de toneladas enviadas para 157 países, incluindo os da União Europeia, China, Estados Unidos, México e Emirados Árabes.

 

Para 2025, o cenário é ainda mais promissor, já que estão previstas novas aberturas de mercados, além dos 300 abertos nos último dois anos. Japão, Vietnã, Coreia do Sul e Turquia estão na lista de tratativas para o recebimento do produto brasileiro. Assim, a demanda dos auditores fiscais federais agropecuários deve crescer ainda mais. Tudo isso em um cenário de déficit alarmante.

 

De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), estima-se que 1.200 profissionais estejam prestes a se aposentar por idade ou tempo de serviço e podem deixar a função a qualquer momento. Entretanto, o concurso público realizado no ano passado deve repor apenas 200 vagas – um número insuficiente frente à crescente demanda por produtos brasileiros.

 

As ações de inspeção e fiscalização realizadas pela carreira são essenciais para garantir que os alimentos exportados atendam aos rigorosos padrões internacionais, viabilizando o desenvolvimento do setor e assegurando que pragas não coloquem em risco a produção nacional. Além disso, há todo um protocolo que garante a segurança dos alimentos consumidos no Brasil e em seus parceiros comerciais.

 

De acordo com o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo, enquanto o Governo celebra os avanços nas exportações e na promoção comercial, a demanda dos auditores fiscais federais agropecuários se agrava. Além da carência de pessoal, há deficiências em sistemas, faltam recursos para infraestrutura, segurança e modernização das operações de fiscalização, comprometendo a competitividade e a credibilidade do Brasil no mercado internacional.

 

“O fortalecimento do agronegócio não pode prescindir de investimentos adequados em fiscalização e controle de qualidade. Sem isso, o Brasil corre o risco de comprometer seu papel estratégico no abastecimento global, justamente no momento em que desponta como líder no fornecimento de alimentos e insumos para o mundo. O Anffa Sindical reforça a necessidade urgente de políticas públicas que priorizem o fortalecimento da carreira dos auditores fiscais federais agropecuários e o aumento do efetivo, garantindo assim que os recordes conquistados pelo agronegócio sejam sustentáveis e duradouros”, destacou Macedo.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Agricultores: protagonistas da gestão hídrica frente às mudanças climáticas

 


Os agricultores se destacam como atores-chave, não apenas porque são responsáveis pela produção de alimentos, mas porque têm o potencial de liderar uma mudança significativa na gestão de um recurso cada vez mais escasso.


Segundo dados globais, 70% da água disponível é destinada à agricultura. No México, esse percentual ultrapassa 80% em algumas regiões do norte, onde a implementação limitada de tecnologias de irrigação eficiente contribui para um desperdício de até 40%.


O setor que mais consome água no Brasil é a agricultura. Segundo o Relatório da Conjuntura de Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA), 50,5% do volume total de água usado no país é destinado à agricultura, principalmente na irrigação com a principal finalidade de complementar o regime de chuvas na produção agrícola.


Em resposta a essa realidade, a Kilimo, uma climatech latino-americana, trabalha diretamente com agricultores, comunidades locais e empresas para transformar as práticas de gestão hídrica nos territórios, adaptando-se às particularidades de cada região e utilizando a tecnologia como aliada para enfrentar esses desafios.


O que significa trabalhar nos territórios?


"Para nós, a territorialidade não é apenas um conceito; é um compromisso ativo com cada bacia e comunidade agrícola. Significa entender as realidades dos agricultores, seus desafios e sua relação com a água para transformar paradigmas", explica Jairo Trad, CEO e cofundador da Kilimo.


Os agricultores são os primeiros a experimentar as consequências da crise hídrica. Sem um manejo adequado da água, suas culturas e comunidades enfrentam enormes riscos. Reconhecê-los como aliados fundamentais na busca por soluções é essencial para avançar rumo a uma segurança hídrica sustentável. Este enfoque também inclui a participação de empresas comprometidas, criando um modelo de colaboração que amplifica o impacto positivo nas bacias.


Inovação para a gestão eficiente da água


A estratégia nos territórios se baseia em três pilares principais que combinam conhecimento local e ferramentas tecnológicas. A conversão da irrigação impulsiona a adoção de sistemas mais eficientes, reduzindo significativamente o desperdício de água. Através de ferramentas baseadas em dados, o modelo de Gestão de Irrigação permite monitorar em tempo real as necessidades hídricas das culturas e oferece recomendações práticas e personalizadas. Por sua vez, a agricultura regenerativa promove práticas que restauram a saúde do solo, aumentam sua capacidade de retenção de água e fortalecem a resiliência climática.


Essas ações integram a tecnologia com um enfoque territorial para garantir que as soluções não apenas otimizem o uso da água, mas também se adaptem às particularidades de cada bacia. Isso assegura resultados mensuráveis que beneficiem tanto as comunidades agrícolas quanto o meio ambiente.


Agir nos territórios oferece oportunidades. Este enfoque permite entender em profundidade as particularidades de cada região e trabalhar diretamente com os agricultores para implementar tecnologias e soluções que realmente respondam às suas necessidades.

Além dos resultados técnicos, essas ações geram um impacto social significativo, fortalecendo o senso de pertencimento das comunidades e posicionando os agricultores como protagonistas na busca pela segurança hídrica.


Para alcançar a segurança hídrica, é preciso trabalhar em equipe. A segurança hídrica é um desafio que exige um enfoque colaborativo. Investir na agricultura local, território por território, não só é benéfico para o meio ambiente, mas também fortalece as comunidades e garante o acesso a recursos hídricos para as gerações futuras.

Foto: divulgação

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Embrapa Cocais agora é Embrapa Maranhão

 

Maquete da entrada principal da sede da Embrapa Maranhão

Uma das mais novas Unidades Descentralizadas, a Embrapa Cocais, obteve aprovação da Diretoria-Executiva para mudança de seu nome-síntese para Embrapa Maranhão, denominação validada após amplo processo de discussão com a participação do público interno e externo. A alteração não é apenas uma troca de nome. É o início de um novo ciclo, que inclui novas estratégias e áreas de atuação, além da construção de nova infraestrutura física e de pessoal.

Segundo o chefe-geral, Marco Bomfim, a mudança no nome vem sendo construída há um tempo, em função da percepção de que a nomenclatura anterior não mais representava a agenda de trabalho e a identidade geral da Unidade, tendo o novo nome-síntese mais aderência com a realidade de atuação no estado e em outras regiões. A Unidade sempre esteve presente em localidades diversas do Maranhão – não somente nas matas dos cocais - e até de outros estados, o que foi sendo fortalecido nos últimos anos. Para isso, tem se conectado com parceiros público-privados de diversas instâncias e lugares.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Boletim Logístico da Conab revela desempenho das exportações de soja e milho na safra 2023/24 apontam tendências para o próximo ciclo

 As exportações de soja e milho do Brasil apresentaram resultados distintos em novembro de 2024, de acordo com a edição de dezembro do Boletim Logístico divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A soja, com desempenho abaixo do esperado, registrou 2,55 milhões de toneladas embarcadas, o que representou uma queda de 45,8% em relação ao mês anterior. Esse recuo é reflexo da quebra na safra 2023/24, mas a expectativa para a próxima temporada, com a recuperação da produção, é que as exportações atinjam cerca de 105,48 milhões de toneladas, superando as vendas do ciclo atual.

O Brasil, maior exportador global de soja, viu redução no volume exportado em 2024 em comparação aos recordes de 2023. No acumulado de janeiro a novembro, o país exportou 96,8 milhões de toneladas de soja, contra 101,8 milhões no mesmo período do ano anterior, devido à quebra de safra e à queda nos preços internacionais. Esse desempenho fez com que a soja perdesse a liderança nas exportações do Brasil para o petróleo, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A última vez que a soja não foi líder na receita exportadora do país foi em 2021, quando o minério de ferro assumiu o topo.

Quanto aos portos, os do Arco Norte, que seguem como principais pontos de escoamento, responderam por 35% das exportações de soja em novembro de 2024, contra 33,8% no mesmo período de 2023. O Porto de Santos teve 28,9% da movimentação, enquanto no ano anterior esse volume foi de 30%. O Porto de Paranaguá, por sua vez, registrou uma leve queda, com 13,9% das exportações, contra 14,1% no mesmo mês de 2023.

No setor do milho, as exportações também apresentam distribuição pelos portos do país. Pelos portos do Arco Norte, foram escoadas 47,2% da movimentação acumulada de janeiro a novembro de 2024, contra 41,6% no mesmo período do ano passado. O Porto de Santos, com 41,6%, foi responsável por uma fatia significativa, seguido por Paranaguá (3,3%) e São Francisco do Sul (5,4%). Os principais estados exportadores de milho são Mato Grosso, Goiás, Paraná e Maranhão.

Em relação aos fertilizantes, a redução na importação do insumo em novembro de 2024, quando foram desembarcadas 4,2 milhões de toneladas, reflete a demanda já atendida para o período. Esse volume representa uma queda de 15% sobre o mês anterior, mas um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado de janeiro a novembro, os portos brasileiros receberam 36,73 milhões de toneladas de fertilizantes, uma ligeira queda de 0,8% em comparação com o ano anterior. Entre os principais portos, Paranaguá recebeu 8,9 milhões de toneladas, Santos 7,19 milhões, e os portos do Arco Norte 6,39 milhões de toneladas.

De acordo com o Boletim, a mudança nas rotas de exportação e a intensificação do uso dos portos do Arco Norte refletem uma reconfiguração nas práticas logísticas, projetando um cenário de crescimento nas exportações e maior eficiência no escoamento de produtos agrícolas e insumos nos próximos anos.

Frete – Em novembro, os preços de frete apresentaram variações nas diferentes regiões do Brasil. Nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí e São Paulo, houve queda nos valores, impulsionada principalmente pela baixa demanda, redução nos volumes de grãos movimentados e retração nas negociações. O Distrito Federal também registrou queda, especialmente nas rotas que transportam soja, com recuos de preços de até 9% e 7% para alguns destinos.

Por outro lado, no Maranhão, a escassez de fretes para soja e a movimentação reduzida de milho resultaram em preços estagnados. Em Minas Gerais, o mercado permanece aquecido, com preços equilibrados, embora algumas praças tenham registrado aumento devido a ajustes pontuais nas condições logísticas e na demanda. A Bahia também manteve estabilidade nos preços de frete, apesar da queda no fluxo logístico e no volume de grãos comercializados. No Paraná, a situação permaneceu estável, sem grandes variações nos valores de frete.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Recuperação e renovação de pastagens degradadas no Cerrado é tema de curso on-line gratuito

 

A nova capacitação on-line "Recuperação e Renovação de Pastagens Degradadas no Cerrado", disponível na plataforma e-Campo, da Embrapa, é um espaço de aprendizagem sobre o diagnóstico da degradação e sobre as estratégias que auxiliam na escolha de soluções sustentáveis e adequadas para recuperação dos diferentes níveis de degradação do solo nos pastos do Cerrado. Desenvolvida pela Embrapa Cerrados (DF), a capacitação é gratuita e voltada a produtores rurais, técnicos extensionistas, consultores, professores, gestores públicos, estudantes e demais interessados no tema. As inscrições são realizadas no link https://ava.sede.embrapa.br/course/view.php?id=513.

Com carga horária de 50 horas, a capacitação é coordenada pelo pesquisador Luiz Adriano Cordeiro e também tem como palestrantes os pesquisadores Giovana Maciel, Gustavo Braga, Lourival Vilela, Júlio César dos Reis, Núbia Correia, Roberto Alves e Robélio Marchão, todos da Embrapa Cerrados.

O conteúdo foi estruturado em dois módulos. O módulo básico contém aulas sobre degradação de pastagens (causas, estágios e diagnóstico); gramíneas forrageiras para o Bioma Cerrado; estratégias de recuperação e renovação de pastagens no Cerrado; manejo do pastejo; uso do aplicativo Pasto Certo; e correção do solo e adubação de pastagens.

Já o módulo avançado é composto por aulas sobre análise econômica de estratégias de recuperação e renovação de pastagens; sistemas de Integração Lavoura-Pecuária; manejo de plantas daninhas em pastagens; manejo de insetos-pragas em pastagens; protocolos de certificação de pecuária de baixa emissão de carbono; e manejo do solo e sua qualidade em áreas de pastagens.

Além de ter acesso às aulas, o aluno poderá baixar gratuitamente diversas publicações, entre elas o folder Estratégias de Recuperação e Renovação de Pastagens Degradadas no Cerrado

A capacitação on-line é autoinstrucional (sem tutoria), podendo ser feita em qualquer dia e horário. O aluno que obtiver 70% dos pontos no conjunto de atividades obrigatórias e preencher a avaliação de satisfação e a enquete inicial receberá, gratuitamente, um certificado de conclusão assinado pela Embrapa. A emissão do certificado estará disponível somente se a nota mínima exigida e os demais requisitos para aprovação tiverem sido atingidos.

Congresso Brasileiro de Soja debaterá 100 anos de soja no Brasil vislumbrando o amanhã

  CBSoja debate 100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã A 10ª edição do Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e do Mercosoja 2025 ...