segunda-feira, 18 de novembro de 2024

1º Encontro Brasileiro de Nozes, Castanhas e Frutas secas reforça potencial do mercado nacional

 

A sustentabilidade na Amazônia tem que alcançar sua dimensão social, econômica e cultural. A afirmação foi feita pelo ex-Ministro e redator do Código Florestal do Brasil, Aldo Rebello, durante o 11º Encontro Brasileiro das Nozes, Castanhas e Frutas Secas, promovido pela Associação Brasileira de Nozes e Frutas Secas (ABNC), no dia 11 de novembro, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Para o ex-ministro a preservação da floresta amazônica é encontrar uma forma sustentável de exploração econômica, que concilie a manutenção da floresta e o desenvolvimento humano local.


A preocupação com a sustentabilidade foi a tônica do evento. O diretor do Departamento de Agronegócio da Fiesp, Roberto Bettancourt destacou que “um setor organizado que tenha uma entidade global, ajuda muito. A padronização global, a defesa global ajuda o setor a crescer de forma sólida,”


Ele defende que o governo crie planos de financiamento diferenciados, já que se trata de uma cultura com ciclos de vida mais longos que as tradicionais. “Juntos podemos trabalhar isso, o potencial é enorme. Coloco a Fiesp à disposição para que o setor tenha uma meta ambiciosa e possa crescer em todos os biomas do Brasil.”


O presidente da ABNC, José Eduardo Camargo, falou sobre o trabalho da Associação e ressaltou que as nozes e castanhas são produtos sustentáveis que permitem o uso racional da floresta, são utilizadas como alimento, até de forma fitoterápica e a presença da cadeia produtiva das Nozes é de norte a sul do país.


Camargo destacou os desafios do setor e o trabalho que a ABNC vem desenvolvendo para buscar facilitar a participação do Brasil no mercado internacional. “Estamos trabalhando na mesa de negociações do Ministério da Agricultura, de forma que as nozes e castanhas sejam incluídas no planejamento oficial e não apenas as culturas mais tradicionais.”


Para ele é preciso um sistema de financiamento diferenciado, uma vez que a cultura de nozes e castanhas pode variar de 5 a 15 anos para uma árvore produzir. Associado a tudo isso ainda existem os efeitos climáticos, como enchentes e secas. “Uma cultura de longo prazo não tem como abandonar, não dá para flexibilizar, temos que pensar em um seguro adequado à nossa situação.”


Dentre os desafios para o setor elencou a necessidade de romper barreiras criadas contra as nozes brasileiras em mercados internacionais, como a Coreia, ter estatísticas precisas sobre o setor vindas do IBGE e ter o reconhecimento e remuneração por ser uma atividade que contribuí com créditos de carbono.


Representando a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAPESP), Erica Monteiro de Barros afirmou que a união dos produtores auxilia o desenvolvimento da cadeia produtiva e quando se fala em castanhas é impossível não pensar na macadâmia, uma vez que 50% da produção nacional está no estado. 


A diretora de P&D do Grupo BIMBO, Renata Higashi, apresentou as tendências de consumo das nozes e castanhas, bem como analisou a mudança do comportamento do consumidor brasileiro.


Durante o evento ficou claro que categorias premium como queijos especiais (Cruzília), Chocolate bean to bar (Baianí Chocolates), Gelato (San Lorenzo) são exemplos que já estão agregando valor em seus produtos com as nozes e castanhas.


Outra participação de destaque foi do presidente do INC International Nuts Council and Dried Fruit, Michael Waring e sua equipe. Além de apresentarem o cenário das nozes e castanhas no mundo, destacou  a importância do Brasil como mercado e potencial de expansão. Falou também como a geração Z pode ser um referencial de consumo, uma vez que ela vem transformando o mercado de alimentos com tendência para uma alimentação mais saudável e sustentável.


O INC também apresentou sua iniciativa para investir no diálogo com a Geração Z no Brasil, lançando no Spotify a música "Zé Nutinha"

https://open.spotify.com/album/2gmzIOS6ZuXZXt5D5uujIl?si=-XBLUQHURv2h-dAa8XGxUA

 

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Realizada há oito décadas em Joinville, Festa das Flores espera público superior a 90 mil pessoas

 




Turistas, amantes de plantas, paisagistas e orquidófilos de diversas partes do Brasil e do mundo consolidam o evento entre os principais da agenda cultural da cidade 

31/10/2024 – De 12 a 17 de novembro, o Complexo Expoville volta a ser palco de uma das maiores e mais tradicionais exposições de orquídeas do Brasil quando recebe a 84ª edição da Festa das Flores. O evento, que anualmente leva milhares de visitantes a Joinville, é um verdadeiro encontro entre natureza, cultura e preservação ambiental, consolidando o município catarinense como um polo para entusiastas da botânica e amantes do paisagismo.


Para a edição deste ano, a festa promete encantar os visitantes com uma programação diversificada que vai além da exposição de flores e plantas ornamentais, incluindo concursos de jardins, feiras, oficinas de cultivo, praça gastronômica e apresentações culturais.


As orquídeas, que inspiraram os imigrantes europeus que se instalaram na região a idealizarem a festa em 1936, são as protagonistas e vão dominar a exposição principal com centenas de espécies raras e híbridas, apresentadas por colecionadores e floricultores de várias partes do Brasil. A cada ano, as edições da Festa das Flores refletem o compromisso da cidade em fomentar a consciência ambiental e a preservação das flores e da biodiversidade local, destacando a importância da sustentabilidade em meio à celebração cultural.


Não sem razão, Joinville é conhecida como a “Cidade das Flores” e em novembro se transforma em um verdadeiro jardim a céu aberto. A exemplo das edições anteriores, a 84ª Festa das Flores será realizada pela AJAO (Agremiação Joinvillense de Amadores de Orquídeas) com apoio da Prefeitura de Joinville e parceiros locais, com o objetivo não apenas de promover o turismo, mas também fortalecer a identidade cultural da cidade e estimular o desenvolvimento econômico regional.


A localização estratégica da cidade, com fácil acesso rodoviário e aéreo, viabiliza o fluxo de turistas vindos de várias regiões do país, que além de participarem do evento ainda podem explorar atrativos de Joinville como o Museu Nacional de Imigração e Colonização e o Parque Zoobotânico, que reforçam sua posição como um destino completo para quem busca o turismo ecológico e cultural.


Destaques da edição:


Exposição de orquídeas: Admire a beleza das espécies raras e híbridas em uma das maiores exposições de orquídeas do Brasil


Jardins temáticos: Paisagistas renomados criam cenários que misturam arte e natureza


Gastronomia: Saboreie pratos típicos regionais e internacionais, além de participar de oficinas culinárias


Feiras e artesanato: Descubra peças únicas feitas por artesãos locais, perfeitas para quem busca lembranças especiais.


Serviço

Evento: 84ª Festa das Flores

Data: 12 a 17 de novembro de 2024

Local: Complexo Expoville – Joinville, SC

Ingressos custam R$ 15 e estão à venda no site oficial e nas bilheterias do evento.


Maiores de 60 anos e estudantes têm direito à meia entrada: R$7,50. Crianças até 5 anos não pagam.




Crédito, biotecnologia e 100 anos de soja serão principais destaques do 2º Congresso Cerealista Brasileiro



Infraestrutura, logística, armazenagem, o futuro da lavoura de soja, reforma tributária e a nova formatação do crédito no agronegócio. Esses são os principais temas que estarão em debate durante os três dias do 2º Congresso Cerealista Brasileiro que será realizado, entre 21 e 23 de novembro, em Garibaldi, no Vale dos Vinhedos, na Serra gaúcha.

Com o tema “Conexões que geram valor”, o Congresso reunirá empresários, especialistas e líderes do agronegócio para impulsionar a competitividade do setor, gerar novos negócios e auxiliar nas decisões estratégicas que impactam diretamente a cadeia cerealista, como as questões tributárias e as políticas de desenvolvimento do setor produtivo.

Presidente Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra), Jerônimo Goergen, reforça a relevância do Congresso ao promover a visibilidade dos temas mais comentados nesse momento para o setor cerealista e agronegócio brasileiro: “Estamos surpresos com o número de inscritos. Teremos a discussão sobre o futuro da lavoura de soja, que neste ano completa 100 anos da sua existência no Brasil; a discussão da biotecnologia, da infraestrutura, da logística e principalmente o tema da reforma tributária”.

Jerônimo também destaca outro tema que estará em evidência no Congresso: a nova formatação do crédito no agronegócio. “Nós vivemos um momento diferente no qual não são só os bancos que financiam o produtor rural, as empresas e outros integrantes da cadeia. É fundamental que a gente discuta o futuro para que isso seja realmente acessível e tenha segurança jurídica para aqueles que emprestam e fornecem os insumos à produção”, afirma. O presidente da Acebra entregou pessoalmente convites para deputados e senadores no Congresso Nacional: “Fico feliz porque recebemos muitas sinalizações de participação”.

A ampla e diversificada programação do Congresso terá palestras, painéis, exposição, encontro de associados Acebra com os parceiros comerciais; reunião da Comissão da Agricultura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, encontro Jovem Empresário Acebra e encontro Mulher Empresária Cerealista. A palestra de abertura será proferida pelo empresário Daniel Randon. Também será realizada a entrega da diplomação da 1ª turma da Universidade Acebra. Gilson Trennepohl, sócio proprietário e presidente do conselho Stara, abordará o tema “sucessão familiar de sucesso”.


Semana Internacional do Café vai discutir o impacto do clima, da ciência e o futuro cafeeiro em sua 12ª edição

 Entre os dias 20 e 22 de novembro de 2024, a cidade de Belo Horizonte recebe a 12ª edição da Semana Internacional do Café (SIC), um dos maiores e mais importantes eventos do mercado cafeeiro do Brasil e do mundo. Com o tema: “Como o clima, a ciência e os novos consumidores estão moldando o futuro do café”, a SIC, como é conhecida, espera movimentar aproximadamente 60 milhões de reais em negócios e receber cerca de 20 mil participantes de 40 países, no Expominas, na capital mineira.


Considerada uma das maiores feiras do mundo, o evento tem o objetivo de conectar e gerar oportunidades para toda a cadeia do café brasileiro no acesso a mercados, conhecimento e negócios.


Com um sólido histórico de 11 anos de sucesso, o evento vem se destacando na promoção do café brasileiro nacional e internacionalmente, mostrando o que há de mais inovador no setor, por meio de histórias, troca de conhecimento, conexões, oportunidades de negócios em toda cadeia cafeeira. 


Durante três dias, a programação oferece conteúdo de ponta em forma de palestras, workshops, competições, pesquisas e degustações orientadas e os visitantes podem ter acesso a 170 marcas expositoras, novidades e tendências de mercados, além de poderem conferir premiações, como Coffee of the Year, em que os melhores cafés brasileiros da safra nova serão conhecidos, e Campeonato Brasileiro de Barista, cujo campeão irá representar o Brasil no campeonato mundial em 2025.


“A SIC se estabeleceu como a principal plataforma para a promoção, acesso a mercados, e negócios do café brasileiro e se tornou um ponto de encontro indispensável para produtores, compradores, cooperativas, indústria, torrefadores, baristas e especialistas em café de todo o Brasil e do mundo. Participar do evento é uma oportunidade única para se engajar em discussões relevantes sobre a produção de cafés sustentáveis e de origem controlada, proporcionando um ambiente fértil para a troca de conhecimentos, inovação e estabelecimento de parcerias estratégicas”, comenta Caio Alonso, diretor da Espresso&CO, um dos realizadores do evento.


Com foco em negócios e B2B, a SIC reúne diversos profissionais do mercado do café. Desde grandes produtores àqueles que estão se preparando para abrir a própria cafeteria. Além de representantes de empresas que atuam em todas as etapas da cadeia produtiva (seleção, processamento e embalagem do grão), agrônomos, mestres de torra, baristas e representantes de setores complementares, como o de leites vegetais.


Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg Senar, uma das entidades realizadoras do evento, reforça a importância da SIC. "Os cafeicultores mineiros, com dedicação e resiliência, colocam o estado como o maior produtor de café do Brasil. A SIC é um importante evento para aproximar os produtores rurais, grandes responsáveis por essa liderança, e os demais elos do setor. Essa conexão viabiliza um terreno propício para parcerias e bons negócios e mostra ao consumidor final a qualidade e a importância dos nossos cafés. O Sistema Faemg Senar está sempre junto dos cafeicultores e demais produtores rurais mineiros para que eles possam continuar gerando riquezas e alimentos para Minas, Brasil e o mundo”, destaca.


O Sebrae Minas, outra importante entidade realizadora do evento, também destaca a importância do estado de Minas Gerais para o segmento. “Minas Gerais é referência na produção e comercialização de cafés, sendo responsável por 51% de toda a safra do Brasil. Há mais de uma década, o Sebrae Minas desenvolve um trabalho de excelência com as nove regiões produtoras do estado para valorizar a atuação dos produtores, gerar novos mercados e perspectivas de negócios e estimular o desenvolvimento econômico e sustentável dos territórios. E a SIC, que acontece anualmente em nosso estado, traz uma visão diferenciada para ajudar a impulsionar esse trabalho e destacar a identidade e a origem controlada dos nossos cafés. O evento gera oportunidades para toda a cadeia produtiva em Minas Gerais, mostrando sua diversidade e olhando tanto para o mercado nacional, quanto internacional”, destaca o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.


Este ano, o tema central do encontro “Como o clima, a ciência e os novos consumidores estão moldando o futuro do café”, faz referência ao atual cenário mundial e a necessidade e demanda por sustentabilidade em todos os setores e o governo de Minas Gerais reforça a importância de caminhos sustentáveis para o setor.


"Nosso café tem qualidade e é produzido com sustentabilidade. Os números recordes nas exportações e a abertura de grandes mercados, como a China, são prova de que investir em tecnologia, inovações, assistência técnica e equilíbrio com o meio ambiente dá resultados. E a SIC é uma vitrine de tudo isso. Os consumidores, hoje, têm muita informação sobre a cadeia produtiva e estão cada vez mais exigentes sobre os processos. Vê-los endossando a nossa bebida como um produto de qualidade é a prova de que estamos avançando no rumo certo", afirma o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Governo de Minas Gerais, Thales Fernandes.


A SIC é uma realização Espresso&CO, Sistema Faemg Senar, Sebrae e Governo do estado de Minas Gerais, com apoio institucional do Sistema Ocemg. Além de patrocínio diamante 3corações, patrocínio prata Nespresso, Nescafé e Sicoob, e patrocínio bronze Yara, Melitta e Senar.


O evento é gratuito para produtores rurais, empresas da área (visitantes com CNPJ) e visitantes internacionais. Pessoas físicas têm acesso por meio da compra de ingresso (R$70,00 para os três dias). 





Sobre Semana Internacional do Café (SIC)

A Semana Internacional do Café, nascida em 2013, na cidade mineira de Belo Horizonte, é uma das maiores feiras de café do mundo. A SIC, como é conhecida, tem o objetivo de promover o café brasileiro para o Brasil e para o mundo, mostrar o que há de mais inovador no mercado, contar histórias, trocar conhecimento, gerar conexões, impulsionar negócios e ampliar as oportunidades para toda cadeia cafeeira. Em sua programação, inclui diversos expositores e conteúdo de ponta em forma de palestras, cursos, workshops, competições, pesquisas e degustações orientadas. Com foco em negócios e B2B, reúne diversos profissionais dos setor do café. Desde grandes produtores àqueles que estão se preparando para abrir a própria cafeteria. Além de representantes de empresas que atuam em todas as etapas da cadeia produtiva (seleção, processamento e embalagem do grão), agrônomos, mestres de torra, baristas e representantes de setores complementares, como o de leites vegetais. Já em sua 12ª edição, traz como tema central “Como o clima, a ciência e os novos consumidores estão moldando o futuro do café”.


12ª Semana Internacional do Café – SIC


Sitewww.semanainternacionaldocafe.com.br

Instagramhttps://www.instagram.com/semanainternacionaldocafe

Datas: 20, 21 e 22 de novembro de 2024

Horário: das 10h às 19h

Local: Expominas – Av. Amazonas, 6200, Gameleira, Belo Horizonte, Minas Gerais

Ingressoshttps://sigevent.pro/sic/visitantes/formularios.php?id_edicao=178

-Pessoa física: R$ 70,00 (para os três dias) 

-Visitante com CNPJ: gratuito

-Produtor rural: gratuito

-Visitante internacional: gratuito

Terceira idade e pessoas idosas finalizam Plenária Nacional aprovando cartas políticas


Mãos dadas, abraços longos, sorrisos largos e despedidas. Nesta quinta-feira (07), foi finalizada a 4ª Plenária Nacional da Terceira Idade e Pessoa Idosa, em Luziânia (GO). Guiados pelo mote “Da raiz ao saber para florescer bem viver”, os mais de 800 participantes estiveram reunidos para fortalecer a luta por qualidade de vida, direitos, pela valorização dos saberes e culturas.


“Eu quero parabenizar todos e todas que participaram desta plenária. É fundamental que nós, como cidadãos e cidadãs, como representante legítima dos povos do campo, da floresta e das águas buscarmos garantir mais respeito e uma efetividade do direito da terceira idade e pessoa idosa rural, garantindo não só oportunidades, mas sobretudo condições para que essas pessoas possam viver em sua plenitude, tendo suas condições devidamente respeitadas”, compartilha o secretário da Terceira Idade da CONTAG, Antonio Oliveira.


Após a mística de abertura, que buscou valorizar o sentimento de unidade do movimento sindical e da construção coletiva feita durante a plenária, os/as participantes puderam apreciar as emendas que foram construídas a partir das oficinas.


A secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, compartilhou que está impressionada com os resultados obtidos. "Nós temos tanta sintonia que não houve divergência de nenhuma proposta das oficinas. Então, tudo que foi trazido hoje foi uma união de todos os pontos trazidos. Parabéns pelo compromisso de todos e todas.”


Em um contexto de desafios para a reconstrução das políticas públicas, a plenária, que é preparatória para o 14º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CNTTR), construiu reivindicações para reconstrução e efetivação das políticas públicas que garantem direitos à terceira idade e pessoa idosa.


As cartas políticas construídas farão parte do documento base para as discussões do 14º CNTTR, que guiarão a CONTAG, Federações e Sindicatos. Também fizeram parte de uma carta política que foi entregue ao governo.

O presidente da CONTAG, Aristides Santos, avaliou que “os documentos aqui apresentados são muito importantes e nós vamos trabalhar para transformar a nossa realidade. Nos mobilizaremos para conquistar as demandas com os governos e dentro do movimento sindical para cuidar dos nossos idosos, idosas e terceira idade.”


A representante do Ministério dos Direitos Humanos, coordenadora-geral das Políticas de Direitos da Pessoa Idosa em Situação de Vulnerabilidade e Discriminação Múltipla, Paula Erica Batista de Oliveira, recebeu a carta política destinada ao Governo Federal.


“Dados mostram que precisamos discutir e construir propostas de políticas públicas que garantam a qualidade de vida para nossa população idosa, entendendo que essa população ela envelhece dentro das suas especificidades. O homem e a mulher do campo, da floresta e das águas não envelhecem como as pessoas que estão nas cidades e em situação de rua. Eu gostaria de agradecer o acolhimento e essa carta me emociona porque são vocês que sustentam e alimentam o nosso Brasil”, compartilhou a representante.


As pessoas idosas e terceira idade finalizaram esta grande plenária motivados e com a esperança de políticas efetivas que garantirão um futuro melhor.


Carta Política para o Governo.

Carta Política para a Diretoria da CONTAG.

Pecuária familiar e desenvolvimento rural são debatidos em evento internacional no RS


Evento é direcionado a pesquisadores, docentes, extensionistas e representantes governamentais e de instituições interessadas no tema

 

Com o objetivo de discutir desafios, experiências, políticas públicas, entre outros temas relacionados à pecuária familiar no Brasil, Argentina e Uruguai, instituições dos três países promovem o 4º Seminário Técnico Internacional Pecuária Familiar e Desenvolvimento Rural. O evento acontece no município de Sant’Ana do Livramento (Brasil), na fronteira com Rivera (Uruguai), entre os dias 13 e 14 de novembro.

 

O evento está dividido em três eixos temáticos: Experiências de transição agroecológica na pecuária familiar”; “Experiências dos atores para o desenvolvimento da pecuária familiar”; e “Desafios para a pecuária familiar”. O seminário, que acontece no campus da Unipampa, conta com palestrantes, debatedores e moderadores conceituados e referências na discussão das questões que envolvem a pecuária familiar.

 

Exemplo disso é o pesquisador francês Eric Sabourin, do Cirad (Montpellier, França), que aprofundou seus estudos sobre a pecuária familiar na América do Sul e faz a conferência de abertura do evento com o tema "Desafios da pecuária familiar pelo mundo:  mudança climática, consumo de carne e agroecologia".

 

Conforme Cláudio Ribeiro, professor da Unipampa (Brasil), integrante da comissão organizadora do seminário, para além das discussões temáticas e técnicas, o evento se propõe a demarcar a importância da pecuária familiar para temas como, por exemplo, a preservação do bioma Pampa. “Precisamos marcar território, esse é um tema muito importante e comum aos três países. É preciso mostrar que há diversas instituições que tem o objetivo de discutir o assunto e levá-lo adiante, além do seminário, como é o caso das políticas públicas para a pecuária familiar”, destacou.

 

Para a professora Virginia Courdin, da Universidad de la Republica (Uruguai), e também membro da comissão organizadora, o evento cumprirá inúmeras funções, desde as discussões acadêmicas até a motivação para que as novas gerações se mantenham na pecuária familiar.  “A pecuária familiar tem grande relevância, seja para formação de redes de produtores, geração de alimentos saudáveis, garantindo a segurança alimentar, mas também a importância da pecuária familiar nas práticas de preservação ambiental, tema que está dentro das atuais discussões sobre as mudanças do clima, por exemplo”, disse.

 

Raúl Pérez, pesquisador do INTA (Argentina), pontua que “no bioma Pampa, mesmo em algumas regiões que experimentaram uma intensa transformação no uso do solo, persistem zonas onde se conservam as espécies vegetais próprias dos campos naturais e isso se deve, em grande medida, à pecuária familiar com bovinos e ovinos. Um fórum como este permite discutir tanto as estratégias de políticas nos países participantes como as estratégias dos produtores para poder levar adiante suas atividades com uma maior consciência ambiental vinculada ao manejo de pastagens”, disse.

 

Além das discussões temáticas, o evento vai contar com a oficina “Ameaças e oportunidades da pecuária familiar”, momento em que todos os participantes poderão participar ativamente das discussões. Também acontece, durante o seminário, a apresentação do livro “Mulheres, sustentabilidade e pecuária de corte: gerando visibilidade no Pampa do Brasil, Uruguai e Argentina”.  Ao final, a mesa de encerramento deve contar com representações governamentais dos três países organizadores e da Rede de Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf).

 

Instituições organizadoras

São organizadoras do seminário as instituições do Brasil: Unipampa, Uergs, Embrapa, Emater/RS-Ascar e UFSM; do Uruguai: Universidad de la Republica Uruguay e Instituto Plan Agropecuario; e da Argentina: Universidad Nacional de la Plata, Universidad Nacional de Quilmes e Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria.

 

Serviço

Evento: 4º Seminário Técnico Internacional Pecuária Familiar e Desenvolvimento Rural;

Data: 13 e 14 de novembro (quarta e quinta-feira);

Local: Campus da Unipampa em Sant’Anna do Livramento (Rua Barão do Triunfo, 1048);

Inscrições: o seminário técnico é gratuito, mas requer pré-inscrição mediante o seguinte formulário:  https://forms.gle/ZtxstMEtaFaiNY8R6

Dúvidas e informaçõessi.ganaderiafamiliar@gmail.com

Guia traz informação qualificada para facilitar acesso ao crédito rural Pronaf

 O Programa CrediAmbiental, implementado pela Conexsus na Amazônia e Sul da Bahia, conta com 859 contratos efetivados, destes, 99% destinados a famílias que acessaram pela primeira vez a política. O Guia vem como um auxílio para destravar o acesso ao crédito para práticas sustentáveis de manejo e produção junto à agricultura familiar, povos indígenas e comunidades tradicionais.




Novembro, 2024. Fazer chegar o crédito com qualidade nas mãos de quem produz a partir da floresta em pé é um desafio, mas ao mesmo tempo, é uma grande oportunidade, já que esta é uma forma de estimular e dar apoio estratégico para práticas de produção da sociobioeconomia. Sabendo que a informação qualificada também é relevante para facilitar o acesso ao crédito, acaba de ser lançado o guia Como Acessar Crédito Rural pelo Pronaf? - Passo a passo para a agricultura familiar, disponível gratuitamente aqui.


O guia traz um passo a passo com linguagem facilitada para o acesso ao Pronaf, e pode servir de apoio para o trabalho de agentes de Ater, Ativadores e Ativadoras de Crédito que em seu dia a dia prestam assessoria para as agricultoras, agricultores e seus empreendimentos, além do próprio público da Agricultura Familiar, Povos e Comunidades Tradicionais.


O material foi construído em diálogo próximo com a equipe do próprio Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). “O MDA tem compromisso em melhorar os processos e destravar o acesso de agricultoras e agricultoras familiares ao crédito rural, no âmbito do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Acreditamos também que informação qualificada apoia produtoras, produtores e a própria assistência técnica, na implementação do Pronaf, e por isso celebramos a divulgação deste novo guia”, destaca José Henrique Silva, Diretor de Financiamento, Proteção e Apoio à Inclusão Produtiva Familiar, no MDA.


O novo guia, lançado em evento na Embrapa Sede em Brasília, no dia 5 de novembro de 2024, traz uma visão geral sobre o Pronaf e suas linhas de crédito. Além disso, detalha a documentação necessária para acessar o Programa, quais públicos podem acessá-lo, como fazer um projeto de crédito, como submetê-lo às instituições financeiras, além de temas fundamentais para a boa gestão do recurso, como assistência técnica, planejamento e educação financeira.


Também traz informações sobre acesso ao crédito para empreendimentos. “Com o guia, queremos ajudar e facilitar o acesso de famílias produtoras a recursos do Governo Federal, via Pronaf. Ao final, esperamos estimular a geração de renda e melhorar o uso da mão de obra familiar pelo financiamento de suas atividades produtivas. O Pronaf é uma oportunidade importante, já que estamos falando de crédito com taxas de juros mais baixas, prazos estendidos e condições melhores de pagamento, além de descontos de 25% a 40% para pagamento com adimplência em algumas linhas de crédito”, ressalta Fernando Moretti, líder de crédito socioambiental da Conexsus. 


O que significa na prática garantir o acesso ao crédito?


O Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), é uma política pública com quase 30 anos, que faz parte dessas estratégias. Em um cenário de mudanças climáticas e eventos extremos, estimular práticas produtivas mais sustentáveis, atreladas aos modos de vida de povos indígenas e comunidades tradicionais, são chave para construir um futuro possível, sustentável e mais justo. 


Histórias inspiradoras mostram como o acesso ao crédito é importante para quem produz, como o exemplo de cooperadas e cooperados da Cooperativa Manejaí, no arquipélago do Marajó. Ao relembrar a história de trabalho no seu território, Gracionice Costa da Silva Correa, atual presidente da Manejaí, destaca a dificuldade que produtoras e produtores têm para acessar recursos para implementar e melhorar suas práticas produtivas. “’Eu queria ampliar minha área de produção, melhorar o cuidado com essa área, cuidar dela e manter a produção, fazer o manejo... Mas não tenho condição’. Essa é a necessidade de muitas pessoas de nossa região, e é aí que o crédito do Pronaf entra. Trabalhamos e conseguimos levar o crédito até essas famílias, que hoje aplicam esse recurso na tecnologia do manejo. As pessoas têm áreas de 1, 2 ou 3 hectares, e usam esse recurso para comprar ferramentas que precisam, como terçado ou pequenas motosserras”. 


Todo esse esforço se soma à própria vida no território, mostrando como o acesso ao crédito impacta na melhoria da qualidade de vida das comunidades, ao mesmo tempo em que estimula práticas mais sustentáveis para o território como um todo. No Amazonas, manejadoras e manejadores de pirarucu também tiveram essa experiência. Nós fizemos uma viagem de mobilização dentro da unidade [Reserva Extrativista Médio Purus], levando a informação sobre o crédito. No primeiro momento, trabalhamos com 21 propostas, e foram acessadas 17. Esse momento foi um teste para a gente, e quando o pessoal viu que as propostas deram certo, que era possível ser trabalhado, mais famílias demonstraram interesse, e conseguimos fazer mais 118 propostas, totalizando o acesso a R$ 540 mil reais para a cadeia do pirarucu manejado”, Jessé Oliveira, ativador de crédito na Associação Dos Produtores Agroextrativista do Médio Purus (Atamp).


Programa CrediAmbiental da Conexsus


Gracionice e Jessé trabalharam o tema do crédito por meio do Programa CrediAmbiental que implementa a Rede de Ativadores de Crédito Socioambiental, Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus).


Vários são os aprendizados que essas experiências trazem para o contexto de acessos ao crédito para a sociobioeconomia. Assim, é fundamental dar escala a aprendizados que vem do campo, uma vez que essas experiências trazem soluções para propor adequação de políticas públicas de crédito, como o Plano Safra para o Pronaf, e até adequações no próprio Manual de Crédito Rural.


“Promovemos diálogos constantes desde 2021, em proximidade com o MDA e Secretarias Estaduais, para encontrar melhorias que facilitem o acesso ao crédito, a partir da realidade do campo. Esse processo de adequação das políticas é muito relevante para destravar o acesso ao crédito para a agricultura familiar, especialmente em territórios tão estratégicos para a sociobioeconomia, como a Amazônia”, destaca Tatiana Balzon, diretora de projetos na GIZ. 


Hoje, o Programa implementado na Amazônia e na região Sul da Bahia, conta com 859 contratos efetivados, que totalizam em mais de R$ 10 milhões em crédito rural acessados, destes, 99% destinados a famílias que acessaram pela primeira vez a política pública de crédito, além de contar com 42% de mulheres que acessaram o crédito. Todo o trabalho conta com 55 Ativadores e Ativadoras de Crédito em exercício, distribuídos em 23 Negócios Comunitários, entre cooperativas e associações.


Para saber mais sobre as entidades envolvidas na produção do guia

O guia Como Acessar Crédito Rural pelo Pronaf? - Passo a passo para a agricultura familiar foi produzido pela Conexsus, com apoio do projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor, desenvolvido na Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, com recursos do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ), em colaboração com o consórcio ECO Consult GmbH & Co. KG. Também teve apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS) e da Embrapa Bem Diverso, por meio do projeto Sustenta & Inova, que é fruto da parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), La Recherche Agronomique pour le Devéloppement (Cirad) e Fundação Arthur Bernardes (Funarbe), na sua execução, por meio de financiamento da União Europeia.

Estudantes da UFVJM conhecem pesquisas com pitaya e manejo de água na Embrapa Cerrados

  Foto: Breno Lobato Visitantes conheceram o sistema de irrigação por gotejamento subterrâneo e experimentos com pitayas A Embrapa Cerrados ...