quarta-feira, 11 de junho de 2025

Congresso Brasileiro de Soja debaterá 100 anos de soja no Brasil vislumbrando o amanhã


 CBSoja debate 100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã

A 10ª edição do Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e do Mercosoja 2025 será realizada de 21 a 24 de julho de 2025, em Campinas (SP), pela Embrapa Soja. Para esta edição comemorativa dos 50 anos da Embrapa Soja, o tema central dos eventos será os 100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã. Considerado o maior fórum técnico-científico da cadeia produtiva da soja na América do Sul, a expectativa da comissão organizadora do CBSoja e Mercosoja é reunir cerca de 2 mil participantes de diferentes segmentos. 

A agenda técnica está composta de temáticas referentes aos últimos avanços da ciência para a cultura da soja, assim como contribuições relevantes sobre temas que vêm impactando o cotidiano da cadeia produtiva, sejam processos e práticas ou inovações. “Construímos uma programação com foco em temas que enfatizem a agregação de valor e o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, pautada em tecnologia e inovação”, ressalta o presidente do CBSoja, Fernando Henning, pesquisador da Embrapa Soja.

A programação técnica contará com quatro conferências e nove painéis em que serão realizadas mais de 50 palestras com especialistas nacionais e internacionais de vários segmentos ligados ao complexo soja. “Priorizamos quatro palestras dedicadas  aos desafios logísticos do Mercosul, assim como questões referentes à biotecnologia e à propriedade intelectual na região”, detalha Henning.

Outra inovação na programação do CBSoja será a realização do Mãos à Obra, um espaço dedicado ao debate de questões práticas em cinco grandes temas: Fertilidade do solo e adubação, Manejo de nematoides, Plantas daninhas, Bioinsumos e Impedimentos ao desenvolvimento radicular. Também haverá um worshop internacional Soybean2035: A decadal vision for soybean biotechnology, cujo objetivo é debater os próximos 10 anos das ferramentas biotecnológicas na soja, com palestrantes da China, Estados Unidos, Canadá e Brasil.

Sessão pôster - A comissão organizadora aprovou 328 trabalhos técnico-científicos que serão distribuídos em nove sessões temáticas: 1) Ecologia, Fisiologia e Práticas Culturais, 2) Entomologia, 3) Fitopatologia, 4) Genética, Melhoramento e Biotecnologia, 5) Nutrição Vegetal, Fertilidade e Biologia dos Solos, 6) Plantas Daninhas, 7) Pós-Colheita e Segurança Alimentar, 8) Tecnologia de Sementes e 9) Transferência de Tecnologia, Economia Rural e Socioeconomia. Os trabalhos serão apresentados em sessão pôster, cujos autores  estarão presentes para esclarecimento de dúvidas, em horário definido na programação.

Histórico da soja e papel da Embrapa Soja - Há quatro mil anos, a soja era uma planta selvagem, que crescia na costa leste da Ásia. De acordo com a publicação “A saga da soja: de 1050 a.C. a 2050 d.C”, editada pela Embrapa Soja, a soja chegou ao Brasil pela Bahia, em 1882, quando foram realizados os primeiros testes com cultivares introduzidas dos Estados Unidos, mas não houve sucesso. Somente após ser introduzida no Rio Grande do Sul, em 1914, para testes, e a partir de 1924, em plantios comerciais, é que a soja apresentou adaptação. Porém, a soja obteve importância econômica somente na década de 1960. 

Até o final da década de 1970, os plantios comerciais de soja no mundo restringiam-se a regiões de climas temperados e sub-tropicais, cujas latitudes estavam próximas ou superiores aos 30º. O produtor brasileiro tinha que usar as cultivares importadas dos Estados Unidos que eram adaptadas apenas para a região Sul do Brasil. Com as pesquisas da Embrapa, foi possível romper essa barreira, desenvolvendo variedades adaptadas às condições tropicais com baixas latitudes, permitindo o cultivo da oleaginosa em todo o território brasileiro.

Além do desenvolvimento de novas cultivares, a Embrapa e seus parceiros criaram um sistema de produção de soja tropical. Isso inclui recuperação/manutenção da fertilidade do solo, técnicas de manejo da cultura, controle de plantas daninhas e pragas e doenças, melhoria da qualidade das sementes, entre outras. Esse conjunto de tecnologias tem permitido a sustentabilidade agrícola da cultura da soja no Brasil. A Embrapa Soja foi criada em 16 de abril de 1975, com o propósito de desenvolver tecnologias que viabilizassem a produção de soja no Brasil. Foi além, tornou-se referência mundial em pesquisa dessa oleaginosa para regiões tropicais. 

Na safra 2024/25, o Brasil produziu aproximadamente 167 milhões de toneladas de soja, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que mantém o País na liderança mundial da produção do grão, seguida dos Estados Unidos e da Argentina. Historicamente, a Embrapa Soja, vem liderando redes de pesquisa para geração de soluções sustentáveis para incrementar a produção da leguminosa, reduzir os custos de produção e as emissões de CO2 relacionadas a sua produção além de aumentar a renda dos produtores.

 

Mais informações na página do evento www.cbsoja.com.br.

SERVIÇO - X Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja 2025
Data: 21 a 24 de julho de 2025
Local: Campinas (SP)
Inscrições e mais informações: cbsoja.com.br

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Embrapa Pesca e Aquicultura lança cartilha sobre boas práticas sanitárias na criação do pirarucu

 

A publicação é ilustrada e contém orientações e dicas para que o produtor possa diminuir as chances de doenças no cultivo da espécie

“Principais doenças e boas práticas sanitárias na criação do pirarucu” é a mais recente cartilha da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), voltada para produtores, extensionistas e estudantes. Com uma linguagem simples e acessível, a publicação é ilustrada, com 24 páginas, e traz orientações e dicas para que o produtor possa diminuir as chances de doenças no cultivo da espécie. A cartilha está disponível online e pode ser baixada gratuitamente no site da Embrapa ou na Ater+Digital ‒‒ plataforma premiada da Embrapa que traz vídeos, notícias e publicações sobre o cultivo e produção em diversas áreas importantes da agropecuária, numa linguagem simples e direta.

 

“A cartilha traz um compilado de informações de doenças de pirarucu e manejos que temos desenvolvido nas pesquisas que realizamos com a espécie nos últimos anos”, detalha a pesquisadora da Embrapa Pesca e Aquicultura, Patricia Maciel. 

 

A cientista conta que a Embrapa já tinha outros livros sobre o assunto, mas havia a necessidade de uma publicação com uma linguagem mais rápida e direta para levar informação a produtores e técnicos que trabalham com a espécie. “São informações objetivas e sem muita especificações, justamente devido à natureza ser uma cartilha”, esclarece.

 

A veterinária enumera as boas práticas de manejo na piscicultura que impactam diretamente na produção: monitoramento da qualidade da água; alimentação adequada dos peixes; cuidados nos manejos de biometria; na transferência de peixes de um tanque para outro (repicagem) para evitar estresse e lesões na pele dos peixes, assim como evitar o uso indiscriminado de medicamentos, tais como antibióticos, sob risco de desenvolvimento de resistência aos antimicrobianos. 

 

“No caso dos pirarucus, por ser uma espécie de respiração aérea, é comum os produtores não cuidarem da qualidade da água, mas já provamos em outros estudos o quanto uma água de viveiro bem cuidada impacta no crescimento e na saúde do animal”, conclui.


Matéria originalmente publicada no portal da Embrapa Pesca e Aquicultura.

Elisângela Santos (19.500-RJ)
Embrapa Pesca e Aquicultura

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Tecnologia e boas práticas impulsionam cultivo da pitaya no DF

 


Cultivares geneticamente superiores e boas práticas agrícolas no cultivo da pitaya foram os principais temas do Dia de Campo promovido pela Embrapa Cerrados e Emater-DF, realizado na última quarta-feira (28). O evento aconteceu na Unidade de Apoio da Fruticultura da Embrapa Cerrados e reuniu cerca de 50 fruticultores, além de técnicos e extensionistas da Emater-DF.

A programação atraiu a atenção de produtores interessados em diversificar suas culturas. Maristela Soeira, uma das participantes, saiu animada com o que aprendeu: “O que aprendi aqui hoje vou aplicar com certeza. Vou me tornar uma produtora de pitaya”, afirmou. Ela contou já ter tentado o cultivo da fruta anteriormente, mas sem sucesso. “Agora não vou perder tempo”, garantiu.

Outra produtora presente, Norma Fernandes, celebrou a oportunidade de finalmente participar do encontro. “Sempre quis vir, mas nunca tive oportunidade. Vou levar daqui muito conhecimento e espero voltar outras vezes. Além de tudo, isso faz bem para a minha saúde mental”, destacou.

Durante o evento, o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Fábio Faleiro, apresentou as novas cultivares da fruta desenvolvidas pela instituição: BRS Lua do Cerrado, BRS Luz do Cerrado, BRS Granada do Cerrado, BRS Minipitaya do Cerrado e BRS Âmbar do Cerrado. Ele também destacou as boas práticas de manejo recomendadas no sistema de produção e falou sobre a versatilidade da pitaya na culinária, apresentando a publicação Pitaya: uma alternativa frutífera e o livro Pitaya: 200 formas de utilização em receitas doces e salgadasAcesse aqui mais informações sobre as cultivares.

Na segunda parte da programação, os participantes fizeram uma visita guiada à Unidade Experimental das Pitayas. Geovane de Andrade, técnico da Embrapa Cerrados, e Felipe Cardoso, extensionista da Emater-DF, apresentaram recomendações técnicas sobre o cultivo da fruta, abordando preparo do solo, plantio, espaldeiramento, controle de plantas invasoras, adubação, irrigação, colheita e os tipos de podas recomendadas. O material propagativo gerado durante as demonstrações foi entregue à Emater-DF para implantação de novas unidades demonstrativas na região.

Felipe Cardoso destacou os frutos da parceria entre Embrapa e Emater-DF no fomento à pitaya no Distrito Federal. Um dos marcos foi a criação de uma unidade de validação na feira AgroBrasília, onde, anualmente, são realizadas oficinas de poda. “A cada oficina, o produtor aprendia sobre as novas variedades e técnicas de cultivo, e muitos levavam cladódios para iniciar plantações próprias”, contou. Como resultado, o número de produtores passou de apenas quatro para 103, e a área plantada já chega a 35 hectares no DF.

Para os interessados em aprofundar os conhecimentos, a Embrapa Cerrados disponibilizou na plataforma e-Campo o minicurso gratuito Fruticultura Tropical – Pitayas: melhoramento genético e sistemas de produção. Com carga horária de seis horas, o curso aborda temas como cultivares, melhoramento genético, sistemas de produção e boas práticas agrícolas. A capacitação é online, pode ser feita a qualquer momento e oferece certificação pela Embrapa.

Congresso Brasileiro de Soja debaterá 100 anos de soja no Brasil vislumbrando o amanhã

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