sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

A contribuição dos 50 anos de ciência para transformação da agricultura irrigada no Cerrado

 


Por: Maria Emília Borges Alves

Pesquisadora da Embrapa Cerrados

Juliana Miura

Jornalista da Embrapa Cerrados

 

"Muitas pessoas deixam de ganhar o sustento da própria terra para ganhar um salário de fome na capital. Estamos vendo, com esse exemplo, que muitos produtores estão deixando de ir embora para poder investir em suas próprias terras. Isso traz esperança, renovação e dignidade”.

O depoimento de Débora Domingues, ex-prefeita de São João D’Aliança- GO, sintetiza o impacto que a ciência pode ter na vida das famílias agricultoras. Ela se refere aos resultados obtidos pelo projeto Fruticultura Irrigada do Vão do Paranã, iniciado em 2024, que leva sistemas de irrigação e capacitação em manejo da água a agricultores assentados em três municípios goianos. Em dois anos, o número de famílias atendidas passou e 10 para 100, com meta de alcançar 300 famílias até 2027.

Edgar dos Santos e Luciana de Neves também mostram entusiasmo com a fruticultura irrigada. “Sempre foi nosso sonho morar e viver do que produzimos na propriedade. Vimos no projeto essa oportunidade de gerar renda e emprego. Não é bom só para nós, mas também para o município e a região”, conta Luciana, agricultora do município de Flores de Goiás. Esse é o poder transformador da pesquisa agropecuária brasileira.

Na região central do Brasil, a Embrapa Cerrados tem assumido, há 50 anos, o desafio de produzir alimentos em uma região onde, na década de 1970, só havia uma agricultura de subsistência pouco tecnificada. Entre os muitos avanços científicos conquistados, a irrigação se destaca como uma tecnologia decisiva para a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável do país.

 

Irrigação: ciência a favor da vida e da produção

Desde a Antiguidade, a irrigação foi essencial para reduzir riscos climáticos, estabilizar a produção de alimentos e, assim, garantir a segurança alimentar nas regiões onde a escassez de água é fator limitante à produção agropecuária. Hoje, em tempos de mudanças climáticas, seu papel é ainda mais crucial.

No Cerrado, a tecnologia se tornou mais estratégica: viabilizou culturas que não se desenvolveriam em sequeiro, como café, trigo, frutas, e, entre elas, mais recentemente, uvas para vinhos de alta qualidade. Além disso, o cultivo de até três safras anuais só foi possível com a oferta de água regular para os plantios. Com isso, a economia local e o desenvolvimento regional foram alavancados, mudança que vimos acontecer no oeste da Bahia, e está acontecendo no Vale do Rio Paranã, em Goiás.

 

Meio século de pesquisa dedicada à água

O primeiro registro da história da irrigação na Embrapa Cerrados data de 1976, na primeira circular técnica desse centro de pesquisa, com a produção do pesquisador Ady Raul da Silva, intitulada A cultura do trigo irrigada nos cerrados do Brasil Central. A partir daí, dezenas de cientistas, técnicos, assistentes e analistas se dedicaram a desenvolver métodos, equipamentos e estratégias de manejo da água, que mudaram a face da agricultura nacional.

No início da década de 1980, os pesquisadores Euzébio Medrado da Silva, Juscelino Antônio de Azevedo e Morethson Resende desenvolveram e testaram o método do tubo janelado, tecnologia capaz de controlar melhor a quantidade de água aplicada em sistemas de irrigação por superfície.

Sobre sua contribuição, Silva, pesquisador aposentado da Embrapa Cerrados, lembra que concentrou sua pesquisa no desenvolvimento e na adaptação de técnicas de manejo da água aplicáveis a culturas como trigo, cevada e café. Entre seus trabalhos, sobressaiu-se a adoção de tensiômetros no manejo do café irrigado por pivô central e gotejamento no oeste baiano. Essa tecnologia possibilitou o monitoramento da umidade do solo para tomada de decisões operacionais precisas no campo. O resultado permitiu a implementação de métodos racionais de irrigação, com redução de pelo menos 20% da água aplicada nas lavouras de café, fortalecendo a sustentabilidade técnica, hídrica e econômica da cafeicultura regional.

Azevedo destaca a importância dos tensiômetros, juntamente com as estações meteorológicas, para a eficácia do manejo da irrigação, capazes de determinar o momento e a quantidade de água a ser aplicada. “Irrigar sem desperdício de água deve ser o principal objetivo de um bom agricultor irrigante”, defende o também pesquisador aposentado da Embrapa Cerrados.

Com a chegada dos métodos de irrigação pressurizada – pivô central, aspersão e gotejamento –, as pesquisas avançaram ainda mais. Azevedo lembra que o método por aspersão se tornou o mais recomendado para o Cerrado, por ter condições de atender grandes áreas com eficiência. O pivô central, explica Azevedo, alcança eficiência em torno de 85% e exige mínima mão de obra – uma única pessoa é capaz de cuidar de até quatro equipamentos, o que abrange mais de 450 hectares. No entanto, para frutas e hortaliças, a opção é pelos métodos de gotejamento e microaspersão, que permitem irrigações localizadas, com eficiência acima de 90%.

 

Aumento da equipe e do impacto das pesquisas

No final dos anos 1980 e início dos anos 1990, outros pesquisadores – Jorge Cesar dos Anjos Antonini, Joaquim Bartolomeu Rassini, Antônio Eduardo Guimarães dos Reis, Antônio Fernando Guerra e Sebastião Francisco Figueiredo – integraram-se à equipe da Embrapa Cerrados. Tempos depois, foi a vez dos pesquisadores Jorge Enoch Furquim Werneck Lima, em 2001; Lineu Neiva Rodrigues, em 2002; Omar Cruz Rocha, em 2004; Vinícius Bof Bufon, em 2010; e Maria Emília Borges Alves, em 2019.

Guerra e Rocha deram continuidade às pesquisas com café; dessa vez, focadas no desenvolvimento do estresse hídrico controlado, com o apoio do Consórcio Pesquisa Café. Essa estratégia proporciona a sincronização do desenvolvimento das gemas florais do café e uma floração abundante e uniforme.

Associada a outras práticas culturais, a tecnologia de irrigação permite a obtenção de até 85% de cerejas do café no momento da colheita, resultando em substancial ganho em qualidade do café e em uma economia de mais de 30% de água e energia usadas na irrigação. Tal economia se mostra ainda mais importante ao se considerar que ela ocorre exatamente no momento em que outras culturas competem por esses insumos.

Considerando-se “recém-chegada” à Embrapa Cerrados, Maria Emília Borges Alves, autora deste artigo, sabe que o conhecimento produzido pelos colegas que a antecederam e a troca com os que estão na ativa fortalecem sua trajetória. Seus trabalhos têm foco na irrigação de cultivos anuais – mais especificamente, em gotejamento subsuperficial e estudos sob a ótica do risco climático.

Ao longo desses 50 anos, vários cultivos passaram a ser objeto de estudos. Foram estabelecidas recomendações para o manejo da água para cultivos anuais e perenes, como trigo, mandioca, maracujá, café, cevada, soja, cana-de-açúcar, palmeiras como o dendê, a macaúba e, mais recentemente, o açaí, entre outros.

 

Integração de saberes e novas fronteiras

Ao longo das décadas, as pesquisas da Embrapa Cerrados receberam contribuições de outras áreas de conhecimento – como a física do solo, a agrometeorologia, a modelagem e o geoprocessamento. A integração desses outros conhecimentos fortaleceu a capacidade de compreender o Cerrado em suas múltiplas escalas – das parcelas agrícolas às grandes bacias hidrográficas.

Não se pode deixar de mencionar a área de recursos hídricos, cujas pesquisas na Embrapa Cerrados começaram no final dos anos 1990, ganhando maior ênfase com a incorporação dos pesquisadores Jorge Enoch Furquim Werneck Lima, Lineu Neiva Rodrigues e Eduardo Cyrino de Oliveira-Filho à equipe, nos anos de 2001, 2002 e 2002, respectivamente.

Os trabalhos para a gestão de recursos hídricos confirmaram com números o título de “berço das águas do Brasil” atribuído ao Cerrado, uma vez que o bioma contribui para a formação de doze grandes regiões hidrográficas brasileiras.

Mais recentemente, os estudos têm evoluído, voltando-se para a utilização de sensores (de umidade do solo e de variáveis meteorológicas) e para o desenvolvimento de softwares e aplicativos que facilitem o manejo da irrigação, buscando fornecer ainda mais segurança ao agricultor.

O pesquisador Lineu Neiva Rodrigues tem se dedicado ao desenvolvimento de ferramentas computacionais para proporcionar aumento da produtividade com o uso da água, com geração de dados e informações para subsidiar o planejamento do uso dos recursos hídricos e fortalecer políticas públicas. O pesquisador acredita que os produtos tecnológicos, como softwares e plataformas de conhecimento, são um legado para a sociedade e sua expectativa é de que todo esse material acumulado contribua para o desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada no Cerrado.

 

Impactos para o Brasil e para o mundo

Antes desacreditado, onde quase nada se produzia, hoje, o Cerrado concentra mais de 40% da área irrigada no país e responde por cerca de 60% da produção agrícola nacional. Em parte, o segundo número é reflexo do primeiro. As toneladas de alimentos levadas do Planalto Central brasileiro para outras regiões do Brasil, e mesmo para outros países, só se tornaram possíveis com o uso adequado da água.

A lição é clara: a agricultura irrigada não é simplesmente a agricultura de sequeiro com adição de água, como ensina o pesquisador Juscelino Antônio de Azevedo. É ciência aplicada, resultado de cinco décadas de pesquisa, inovação e dedicação de centenas de profissionais que ajudaram a transformar o Cerrado em um pilar da segurança alimentar do país.

 

* Artigo original publicado na revista Item - Irrigação e Tecnologia Moderna, edição nº 129 (2025).

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Conab realiza leilão para compra de 95 mil toneladas de milho em grãos para o Programa de Venda em Balcão

Compra do cereal visa recompor os estoques do Programa de Venda em Balcão (ProVB)

O Programa de Vendas em Balcão (ProVB) pode ter um reforço de até 95 mil toneladas nos estoques de milho que é vendido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a pequenos criadores animais, sobretudo aqueles que vivem no interior, em locais mais distantes dos grandes centros e das zonas de maior produção. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicou os editais referentes à compra de 95 mil toneladas de milho, que serão utilizadas para abastecer o ProVB. Os leilões estão marcados para o próximo dia 18, a partir das 9 horas, e são realizados pelo Sistema de Comercialização Eletrônica da Conab (Siscoe), na modalidade “viva-voz”. 

No primeiro leilão (Aviso Nº 101/2025), a Conab pretende adquirir 73 mil toneladas de milho em grãos, a granel, da safra 2024/2025. O milho a ser adquirido deverá ser entregue nos armazéns da própria Companhia nos seguintes estados: Bahia (4 mil toneladas), Distrito Federal (4 mil toneladas), Goiás (8 mil toneladas), Maranhão (9 mil toneladas), Minas Gerais (16 mil toneladas), Mato Grosso do Sul (12 mil toneladas), Mato Grosso (10 mil toneladas) e Paraná (10 mil toneladas).

Já a segunda operação (Aviso Nº 102/2025) se refere à compra de 22 mil toneladas do cereal. Este produto deverá ser entregue nos armazéns de terceiros credenciados para guarda de estoque públicos e indicados no edital nos estados da Bahia (6 mil toneladas), Goiás (7 mil toneladas) e Sergipe (9 mil toneladas).

Podem participar dos leilões os produtores rurais, cooperativas, associações e comerciantes, cadastrados perante a Bolsa de Mercadorias por meio da qual pretendam realizar a operação, e registrados, na data da realização do leilão, no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais e Demais Agentes da Conab (Sican), além de estarem em situação regular no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf) e demais exigências dos editais.

Estas operações de compra de milho voltadas para o abastecimento do Programa de Venda em Balcão estão autorizadas pela Medida Provisória nº 1.325/2025, publicada no Diário Oficial da União (DOU) no final de novembro, pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Fazenda (MF), a partir da Portaria Interministerial nº 34, publicada no DOU desta sexta0feira (12) .

O reforço nos estoques públicos de milho vendido pela Conab vai auxiliar pequenos criadores de animais em todo o país, sobretudo aqueles produtores de ovos, leites e carnes, situados em locais mais distantes dos grandes centros e das zonas de maior produção, e que utilizam o produto para a alimentação dos seus plantéis.

Os parâmetros de preço de abertura serão informados por meio de comunicado específico com antecedência mínima de dois dias úteis da data de realização do pregão, quando estarão disponíveis no portal da Conab. Todas as informações, como a íntegra do aviso e demais comunicados, bem como os resultados destas operações podem ser acessados  no Portal de Comercialização da Companhia.

Serviço:
Leilões para compra de milho para abastecer o ProVB
Data: quinta-feira, 18 de dezembro 2025
Horário: a partir de 9h
Avisos Nºs 101 e 102
Informações e comunicados no Portal da Conabhttps://portaldecomercializacao.conab.gov.br/#/home

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Curso técnico gratuito em Agropecuária oferece formação prática em um dos setores que mais crescem no Brasil

 


Com inscrições abertas até 15 de dezembro para o 1º semestre de 2026, escola mantida pela Fundação Salvador Arena prepara jovens para atuar no campo, setor que deve representar quase 30% do PIB brasileiro em 2025.

Foto: vista aérea da Escola Técnica Etasa.


São Paulo, outubro de 2025 – O agronegócio segue como um dos motores mais vigorosos da economia brasileira, com avanços que reafirmam sua força e capacidade de gerar oportunidades. Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Cepea/USP, o PIB do agronegócio cresceu 6,49% no primeiro trimestre de 2025, impulsionado pela alta produtividade, pela adoção de tecnologias e pela crescente demanda global por alimentos. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), as exportações do setor somaram mais de US$ 82 bilhões apenas no primeiro semestre, respondendo por quase metade das vendas externas do país.


A agropecuária, que engloba tanto a agricultura quanto a pecuária, é um segmento essencial dentro desse universo, responsável por sustentar a cadeia produtiva de grãos, carnes, leite, frutas e outros alimentos que abastecem o Brasil e o mundo. Além de seu peso econômico, o setor é cada vez mais reconhecido por sua capacidade de inovação, com o uso crescente de tecnologias de precisão, biotecnologia, gestão ambiental e práticas sustentáveis que transformam o modo de produzir e preservar o meio ambiente.


É nesse cenário de expansão e modernização que a Escola Técnica Agropecuária Engenheiro Salvador Arena (ETASA), mantida pela Fundação Salvador Arena, anuncia a abertura das inscrições para o curso técnico gratuito em Agropecuária, com ingresso previsto para o primeiro semestre de 2026. Podem se inscrever candidatos que tenham concluído o Ensino Médio até a data da matrícula.


Localizada em Santa Rita do Passa Quatro (SP), a ETASA representa uma oportunidade única para jovens que desejam iniciar carreira em um dos setores mais estratégicos e promissores do país. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas até 15 de dezembro de 2025, pelo site oficial www.escolatecnicasalvadorarena.org.br.


O curso técnico em Agropecuária oferece 40 vagas e tem duração de dois semestres letivos, com aulas de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h10. Totalmente gratuito, o programa abrange disciplinas voltadas às áreas de Agronomia, Zootecnia, Gestão Ambiental e Engenharia Agrícola, capacitando o estudante para atuar em toda a cadeia produtiva — desde o plantio e manejo de culturas até o processamento, comercialização e gestão de empreendimentos rurais.


Um dos principais diferenciais da ETASA é a integração entre teoria e prática. A escola compartilha suas instalações com uma empresa agroindustrial própria, onde os alunos vivenciam o cotidiano da produção rural e industrial, participando de atividades como cultivo de soja, milho e café, além da criação de gado e aves. Essa estrutura possibilita uma formação sólida, aplicada e conectada às demandas reais do mercado.


Além da gratuidade do curso, a ETASA oferece alimentação durante o período escolar, uniforme inicial, material didático completo e apoio social a alunos em situação de vulnerabilidade, por meio de três modalidades de bolsa: Permanência, Transporte e Alimentação.


A experiência é complementada pelo trabalho do Núcleo de Apoio às Carreiras (NAC), que promove workshops, apoia a busca por estágios e estimula o empreendedorismo. O objetivo é preparar o aluno para atuar de forma técnica, sustentável e ética no setor produtivo, com domínio da legislação ambiental e de produção, além da capacidade de planejar e desenvolver projetos que contribuam para o fortalecimento da agricultura familiar e da agropecuária regional.


Para a diretora da ETASA, Cristina Favaron Tugas, o curso é mais do que uma formação técnica:

“A agropecuária é uma das bases mais importantes da economia e da sustentabilidade no Brasil. É um setor que continua crescendo, inovando e abrindo novas oportunidades de trabalho e desenvolvimento regional. Nosso objetivo é formar profissionais completos, que entendam o campo como um espaço de produção, tecnologia e responsabilidade ambiental. Esta é uma chance de transformar suas vidas e contribuir para o futuro da agropecuária brasileira.”


Com foco em excelência prática, sustentabilidade e inclusão social, a ETASA forma profissionais prontos para enfrentar os desafios de um setor em constante transformação, contribuindo para o desenvolvimento econômico, ambiental e social do país.

domingo, 16 de novembro de 2025

Livro sobre agricultura irrigada no Cerrado ganha edição revista e ampliada

 


Agricultura Irrigada no Cerrado: subsídios para o desenvolvimento sustentável”, livro editado por Lineu Rodrigues, pesquisador na área de recursos hídricos da Embrapa Cerrados (DF), chega à terceira edição, dessa vez com revisão e ampliação dos conteúdos e a inclusão de sete novos capítulos em relação à versão anterior. O lançamento será realizado em nove cidades, entre 17 de novembro e 9 de dezembro.

Desde a primeira edição, o livro busca sistematizar e disponibilizar, de forma acessível, informações técnicas essenciais para o planejamento e o fomento do desenvolvimento sustentado da agricultura irrigada no bioma Cerrado. Ao longo dos 23 capítulos da nova edição, são discutidos os desafios e as oportunidades para o avanço da agricultura irrigada, abordando desde os fundamentos científicos e tecnológicos até os aspectos institucionais e socioambientais que permeiam o uso racional da água e o desenvolvimento regional.

“Nosso intuito é que a publicação seja uma referência técnica, atualizada e abrangente sobre temas essenciais à sustentabilidade da agricultura irrigada no Cerrado”, diz Rodrigues. O pesquisador acrescenta que o livro oferece importantes subsídios para o planejamento e a elaboração de políticas públicas que promovam a sustentabilidade da agricultura irrigada no bioma. “Ao integrar ciência, tecnologia e gestão, ele contribui para o fortalecimento da segu¬rança alimentar, hídrica e ambiental, pilares de um futuro mais justo e resiliente”, completa.

Além de Rodrigues, a publicação conta com mais de 70 autores e coautores, entre pesquisadores e analistas da Embrapa, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM); professores da Universidade Federal de Sergipe, do Instituto Federal Catarinense, da Universidade Federal de Viçosa, do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, da Universidade Federal de Itajubá, da Climatempo, da Universidade Federal do Espírito Santo e da Universidade Estadual de Campinas; técnicos do Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ/Brasil), do Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA); pós-graduandos, advogados e consultores na área ambiental.

Rodrigues, atualmente pesquisador-visitante na Universidade de Nebraska-Lincoln (EUA), estará no Brasil para participar dos eventos de lançamento do livro, apresentando a palestra “Agricultura irrigada no Cerrado: desvendando os caminhos para a sustentabilidade”. 

Confira as datas, locais e horários:

17/11 – Paracatu (MG) – Casa de Cultura, às 19h

19/11 – Palmas (TO) – Auditório da Embrapa Pesca e Aquicultura, às 9h

22/11 – Cristalina (GO) – Instituto Federal Goiano - Campus Cristalina, às 19h

25/11 – Brasília (DF) – Auditório da Codevasf, às 16h, durante o evento “Troca de Saberes - Programa Irrigar para Desenvolver”

28/11 – Luís Eduardo Magalhães (BA) – Complexo Bahia Farm Show, durante o Fórum de Irrigação da Bahia, a partir das 8h

02/12 – Campo Grande (MS) – Sindicato Rural de Campo Grande, durante o “1° Workshop Irrigação para o desenvolvimento sustentável: O protagonismo profissional”, das 13h às 22h

04/12 – Paranapanema (SP) – Auditório Johannes Henricus Scholten (APPA), distrito de Campos de Holambra, às 19h

05/12 – Sorriso (MT) – Centro de Eventos Ari José Riedi, horário a definir

09/12 – Belo Horizonte (MG) – Auditório da Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (SFA/MG) do Ministério da Agricultura e Pecuária, às 9h

E no dia 1º de dezembro, em São Paulo (SP), o pesquisador vai falar sobre o livro na palestra “Irrigação no Brasil”, às 16h45, durante a Reunião de Encerramento dos Trabalhos Anuais do Conselho Superior do Agronegócio (COSAG) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

Novo evento discutirá aquicultura nacional

 O foco é reunir os diferentes atores dessa cadeia produtiva, que vem crescendo no país de forma consistente nos últimos anos



Entre 26 e 28 de novembro, acontece em Palmas-TO o Aqua Summit, evento pioneiro que pretende ser um espaço de compartilhamento, de integração e de referência para a aquicultura nacional. Realizado em parceria pela Secretaria da Pesca e Aquicultura do Tocantins (Sepea), pela Embrapa Pesca e Aquicultura (que tem sede na capital tocantinense) e pela empresa Holus Comunicação, vai acontecer em dois locais. A abertura, programada para a noite de 26 de novembro, e as atividades de todo o dia 27 serão no auditório do Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos, sede do governo do estado. E a manhã de 28 de novembro está reservada para uma visita às instalações da Embrapa Pesca e Aquicultura.

“O Aqua Summit representa uma oportunidade estratégica para fortalecer a aquicultura tocantinense, pois aproxima produtores, pesquisadores, investidores e gestores públicos em torno de um mesmo objetivo: transformar o potencial natural do Tocantins em um setor produtivo robusto e sustentável”, afirma Roberto Sahium, secretário-executivo da Pesca e Aquicultura do Tocantins. Citando condições que o estado possui (recursos hídricos, clima favorável e localização estratégica), ele lembra que é preciso avançar em conhecimento técnico, em inovação e em agregação de valor: “eventos como o Aqua Summit permitem justamente essa troca de experiências e tecnologias, estimulando a adoção de boas práticas, o empreendedorismo e a atração de novos investimentos para o setor aquícola tocantinense”.

Para Danielle de Bem Luiz, chefe-geral da Embrapa Pesca e Aquicultura, “ao reunir diferentes elos da cadeia, desde produtores e indústrias até formuladores de políticas e investidores, o evento cria um ambiente de convergência que reflete o papel da Embrapa como instituição pública de ciência e inovação. Ou seja, como empresa pública de pesquisa, deve articular conhecimento científico com demandas reais do mercado, contribuindo para o desenvolvimento sustentável, a segurança alimentar e a geração de renda no país”.

Potencial e avanços: Com grande potencial de desenvolvimento também na aquicultura, o Tocantins tem avançado nessa área. Ainda longe de transformar em realidade todas as condições que possui para uma aquicultura sustentável nos três pilares (ambiental, econômico e social), o estado atualmente é o 17º maior produtor nacional, com 18.100 toneladas de peixes no ano passado, principalmente tambaqui. Em 2023, a produção foi de 17.556 toneladas e, no ano anterior, 17.350 toneladas. O Paraná, maior produtor do Brasil, foi responsável por mais de 250.300 toneladas de peixe em 2024. Os números são do último anuário divulgado pela Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR).

Roberto Sahium entende que a criação da Sepea, em 2023, foi um ganho com relação às políticas públicas nas duas áreas de atuação da secretaria. Entre os avanços recentes, ele destaca: desburocratização e regularização da atividade aquícola - “implantamos medidas para simplificar processos de licenciamento e cessão de áreas aquícolas, garantindo mais segurança jurídica e agilidade para o produtor investir e expandir sua produção”; e fomento à capacitação e à pesquisa aplicada - “fortalecemos parcerias com instituições como a Embrapa e o Ruraltins para levar tecnologia, assistência técnica e capacitação aos produtores, estimulando práticas mais produtivas e sustentáveis”. Ruraltins é o Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins, órgão público de assistência técnica e extensão rural

Thiago Tardivo, diretor de Desenvolvimento da Aquicultura da Sepea, acrescenta como avanço recente a entrada em vigor da Lei 4.508/2024, que instituiu o Programa Trilha da Pesca e Aquicultura “com Termo de Cooperação com 14 municípios e 11 destes já com minuta de política municipal de pesca e aquicultura a ser apresentada à Câmara de Vereadores”. E cita também a participação da Sepea em eventos nacionais relevantes em aquicultura, como Aquishow e IFC Brasil, visando a promover o potencial do estado e atrair investidores para o Tocantins.

Participação gratuita: a participação no Aqua Summit é gratuita, porém limitada a 300 pessoas. Para mais informações, o site é https://aquasummitbr.com.br/. As inscrições podem ser feitas neste link. O perfil do evento no Instagram é https://www.instagram.com/aquasummitbr/#. Na visão de Eliana Panty, diretora da Holus Comunicação, “o Aqua Summit nasce com o propósito de provocar discussões sobre a produção sustentável de peixes, nativos ou espécies comerciais; o importante é produzir mais e melhor, com mais qualidade e com mais escala. O Tocantins tem um desafio e um legado a deixar na produção de peixes, uma grande oportunidade para abastecer mercados interno e externo”.

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Dia da agricultura: como a pesquisa científica transformou o Cerrado em referência mundial de produtividade e sustentabilidade

 

José Roberto Rodrigues Peres

Pesquisador da Embrapa Cerrados

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O Dia da Agricultura, comemorado em 17 de outubro, ganha significado especial em 2025, ano em que a Embrapa Cerrados celebra 50 anos de contribuições à ciência e ao desenvolvimento do país. Nesse período, a instituição foi protagonista de uma das maiores transformações do campo brasileiro: a conversão do Cerrado em referência mundial de produtividade, sustentabilidade e inovação agrícola.

Na década de 1970, o Brasil tomou uma decisão que mudaria para sempre o rumo de sua agricultura. O governo federal definiu que o Cerrado, até então considerado uma região de solos pobres e improdutivos, seria a nova fronteira agrícola do País. Essa estratégia foi consolidada pelo II Plano Nacional de Desenvolvimento (1975–1979), que estabeleceu a agricultura como eixo estratégico do crescimento econômico, com a missão de alimentar a população, fornecer matérias-primas para indústrias e gerar divisas por meio do fortalecimento das exportações.

Dentro desse plano, foi criado o Programa de Desenvolvimento dos Cerrados (Polocentro), com o objetivo de modernizar as atividades agropecuárias do Centro-Oeste e do oeste de Minas Gerais. Essa iniciativa impulsionou a criação, em 1975, do Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados (CPAC) — atual Embrapa Cerrados —, responsável por desenvolver as tecnologias que tornaram possível a ocupação racional e produtiva dessa imensa região.

Com 207 milhões de hectares, o Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro e detém a segunda maior biodiversidade do planeta. É conhecido como o “Berço das Águas do Brasil”, por abrigar as nascentes que alimentam oito das doze grandes bacias hidrográficas do País, entre elas as do Amazonas, do São Francisco e do Paraná-Paraguai. Produzir alimentos com preservação ambiental nesse monumental bioma era, portanto, ao mesmo tempo, um desafio e uma grande responsabilidade.

De solo pobre a produção pujante

Até os anos 1970, o Cerrado era considerado uma região inóspita, de baixa aptidão para o cultivo. Seus solos ácidos e pobres em nutrientes, aliados a um regime climático rigoroso, impunham sérias limitações à agricultura. Sua economia regional baseava-se na pecuária extensiva, no arroz de sequeiro e na extração de madeira e carvão vegetal.

Foi nesse contexto que nasceu a Embrapa Cerrados, unindo esforços de cientistas, extensionistas e produtores. O resultado foi uma verdadeira revolução: a ciência passou a atuar de forma decisiva para adaptar solos, plantas e sistemas produtivos às condições tropicais. Hoje, o bioma responde por mais da metade da produção nacional de grãos, carnes, leite, fibras e bioenergia, consolidando-se como um dos maiores polos agropecuários do planeta.

Entre 1975 e 1995, a Embrapa Cerrados estruturou uma base científica sólida para o uso racional dos recursos naturais, com pesquisas voltadas à avaliação dos recursos do bioma, à reconstrução dos solos e ao desenvolvimento de sistemas produtivos adaptados às condições edafoclimáticas.

O desenvolvimento de tecnologias de correção de solo (como o uso de calcário e gesso agrícola), adubação eficiente, manejo de nutrientes e valorização da matéria orgânica revolucionou o equilíbrio entre produção e conservação. A Fixação Biológica de Nitrogênio, com estirpes de rizóbios adaptadas, é outro marco: substituindo fertilizantes nitrogenados, ela gera economias bilionárias — reduzindo custos agrícolas em cerca de dezessete bilhões de dólares por ano.

Essas inovações, somadas ao melhoramento genético vegetal e animal, foram decisivas para “tropicalizar” culturas como soja, milho, algodão, café, frutas e trigo, permitindo que prosperassem em áreas antes improdutivas e consolidando o domínio da Agricultura Tropical.

Na década de 1990, a Embrapa Cerrados diversificou ainda mais a base produtiva regional, introduzindo cultivos alternativos como cevada, girassol, amendoim, maracujá, quinoa, amaranto, etc. Também desenvolveu cultivares adaptadas, otimizou sistemas de irrigação e viabilizou o uso racional da água em culturas como café, trigo e frutas, entre outras culturas.

Outro marco para a agricultura no Brasil e protagonizado pela Embrapa Cerrados foi a criação, em 1995, do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC): ele orienta o melhor período de plantio para cada cultura, reduz perdas e aumenta a produtividade. O resultado? O país economiza milhões de reais em seguros agrícolas.

Biodiversidade: riqueza e alimento

As mais de 6.700 espécies de plantas nativas do Cerrado vêm sendo estudadas há décadas pela Embrapa Cerrados, em pesquisas que resgatam o conhecimento tradicional e transformam essa riqueza natural em oportunidades econômicas e ambientais. Espécies como pequi, baru, cagaita e araticum tornaram-se símbolos dessa nova economia baseada na biodiversidade.

Os estudos de conservação e manejo da biodiversidade do bioma e das Matas de Galeria uniram ciência e participação comunitária, ajudando a preservar nascentes, restaurar áreas degradadas e valorizar o conhecimento local, mostrando que desenvolvimento e conservação podem caminhar juntos.

Nas décadas de 1990 e 2000, a Embrapa Cerrados e seus parceiros tiveram papel decisivo na adaptação e expansão do plantio direto nos sistemas de produção. Com o uso de plantas de cobertura adaptadas, os pesquisadores viabilizaram a manutenção da palhada e o aumento dos estoques de carbono no solo.

Esses avanços abriram caminho para uma abordagem mais sistêmica, com o desenvolvimento de tecnologias voltadas a sistemas integrados de produção, em especial a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que promove o uso intensivo e sustentável da terra, combinando grãos, forragem, carne e árvores no mesmo espaço. Os resultados impressionam: até 12 toneladas de grãos por hectare e 12 arrobas de carne produzidas de forma sustentável.

O resultado é uma agricultura tropical moderna, produtiva e ambientalmente responsável, que gera renda, conserva recursos naturais e contribui para a mitigação das mudanças climáticas.

Agricultura familiar bem-sucedida

A Embrapa Cerrados também atua fortemente na agricultura familiar e no desenvolvimento rural sustentável. Projetos desenvolvidos em Silvânia (GO) e Unaí (MG) mostraram que o conhecimento técnico, aliado à organização comunitária, transforma realidades. Em Silvânia, por exemplo, mais de 600 famílias se organizaram em associações, elevando a produtividade do arroz em mais de 200% e a produção de leite em 40%.

A agroecologia e a produção orgânica deixaram de ser apenas nichos de mercado, tornando-se estratégias consolidadas de desenvolvimento sustentável para o Cerrado, integrando ciência, inovação tecnológica, valorização dos agricultores familiares e respeito à biodiversidade.

Outro trabalho inovador é o resgate de sementes tradicionais em comunidades indígenas, que devolve autonomia alimentar e cultural a povos que quase perderam suas variedades originais de milho, mandioca e batata-doce.

Modelo para o mundo

O bioma que um dia foi considerado “impróprio para a agricultura” é hoje uma das principais fontes de alimentos, bioenergia e biodiversidade do planeta. O desafio atual é continuar crescendo com equilíbrio: produzir mais, conservar melhor e garantir que o Cerrado siga sendo o coração produtivo e ecológico do Brasil.

Ao longo de 50 anos, a Embrapa Cerrados mostrou que o conhecimento científico é a base para um futuro sustentável. Graças ao trabalho de centenas de pesquisadores e à cooperação com universidades, produtores e instituições internacionais, o Cerrado tornou-se um laboratório vivo de inovação agrícola e um modelo para o mundo.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Campos experimentais e laboratórios da Apta Regional ao alcance da sociedade com a 4ª edição do “Apta Portas Abertas”

 


O Apta Portas Abertas está chegando e promete uma experiência ímpar para toda a sociedade! Uma oportunidade imperdível de explorar o fascinante universo das pesquisas agropecuárias, de forma interativa e super divertida. Na Apta Regional, o evento ocorrerá no dia 17 de outubro, em cinco fazendas – Itapetininga, Pariquera-Açu, São Roque, Andradina e Pindamonhangaba.
 

Para saber mais sobre a pesquisa agropecuária e como seus resultados estão presentes na alimentação do dia a dia e até mesmo como alguns produtos estão inseridos em seu vestuário, os Institutos de Pesquisa da Apta (Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, abrem suas portas para a população conhecer um pouco mais do que realizam nos laboratórios, em campos experimentais e nas instalações para pesquisa em diversas fazendas do Estado.
 

Em cada unidade, os pesquisadores e técnicos estarão presentes para receber os visitantes e mostrar as diversas pesquisas desenvolvidas.

Na Apta Regional de São Roque serão abordadas as pesquisas sobre Produção Orgânica e Agroecologia.
 

Já na Apta Regional de Pariquera-Açu, os pesquisadores estarão com ações das cadeias produtivas do Vale do Ribeira, que incluem banana, cacau, café canéfora e criação de lambari. Os pesquisadores vão mostrar como é feita a colheita de banana e pupunha, com direito a experimentar essas delícias fresquinhas.
 

Ao mesmo tempo, na Apta Regional de Itapetininga ocorrerão visitas nas áreas de pesquisas com sojas regenerativas, exposições e abordagens sobre as potencialidades das patentes Rabixoo4tag e Tereoil.

Na fazenda da Apta Regional de Andradina as atividades serão sobre as pesquisas com mandioca e clones de manga, Educação Ambiental, ações sobre Sistemas Integrados de Produção, trabalhos com Bioinsumos e produção de Nelore Mocho.

E em outra fazenda, na Apta Regional de Pindamonhangaba, os pesquisadores estarão com ações das cadeias produtivas do Vale do Paraíba, o que inclui a Bovinocultura Leiteira. Os pesquisadores vão mostrar como é feita toda a produção leiteira, desde a ordenha das vacas, o processo de silagem de milho, a alimentação e o manejo dos bezerros e um passeio pela unidade mostrando as pesquisas científicas com o gado de leite. Por fim, será servido um café da Comevap, com queijos, manteigas, leite, entre outros produtos.

“Esse evento especial da Apta, preparando espaços que destacam as pesquisas e as tecnologias desenvolvidas nas fazendas, são muito importantes para integrarem a sociedade sobre tudo que fazemos e que está no cotidiano de cada pessoa”, destaca Daniel Gomes, coordenador da Apta Regional.
 

Venha se divertir nesse mundo dos cientistas enquanto aprende sobre o agronegócio paulista!
 

Apta Portas Abertas

Apta Portas Abertas é uma iniciativa da Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios (Apta) que busca aproximar a população das instituições de pesquisas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. As unidades participantes incluem o Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Zootecnia (IZ), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e a Apta Regional. Consulte a programação completa neste link.

Sobre a Apta Regional

A APTA Regional, Instituição de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo – ICTESP – é uma das sete instituições de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA). São 18 Unidades Regionais de Pesquisa e Desenvolvimento no estado de São Paulo, nas áreas de agronomia, zootecnia, pesca continental, sanidade vegetal, sanidade animal, agregação de valor em produtos de origem animal e vegetal, sistemas integrados de produção e segurança alimentar. Considerada o maior hub descentralizado de pesquisa do agronegócio, com soluções tecnológicas aplicadas na agricultura e na pecuária paulista, focadas nas peculiaridades locais e regionais, atendendo as necessidades das cadeias produtivas do agro.
 

Por Lisley Silvério (MTb. 26.194)

A contribuição dos 50 anos de ciência para transformação da agricultura irrigada no Cerrado

  Por:  Maria Emília Borges Alves Pesquisadora da Embrapa Cerrados Juliana Miura Jornalista da Embrapa Cerrados   "Muitas pessoas deixa...